1. Ufaaaaaa! Deixem-me, antes de mais, suspirar profundamente de alívio. É um peso que desaparece, depois de uma maratona de 30 jornadas, sempre no comando. Já se sabia, pelos últimos resultados e exibições, que a equipa estava em quebra. As razões deverão ser dissecadas, mas mais tarde. Agora, é tempo de festa! Da genuína, daquelas que mostram que ser do Porto é mais do que pertencer a um clube. Mas que raio de sofrimento foi este, meus caros. Durante todo o dia. Ansioso, irritadiço, esperando pelas 19.15 horas. E o raio do relógio que não havia meio de avançar. O tempo de espera faz a imaginação disparar. "E se eles marcam primeiro?", pensava, incapaz de afastar estes temores que me assolavam cada vez mais. Finalmente, numa tarde que parecia interminável, resolvi aplacar algum do nervosismo. Sentei-me confortavelmente no sofá, liguei a net, fui ao youtube, e comecei a ver vídeos. Do Porto, claro. Recordei 1987, com o golo de Juary que me fez vibrar intensamente. Dei uma saltada a Sevilha (faz amanhã 4 anos que vencemos a UEFA) e passei por Gelsenkirchen. Tive tempo ainda de fazer coro, com os cânticos dos SuperDragões. Fez-me passar o nervosismo? Não, mas acentuou a importância de ser portista, de pertencer a este clube, de sofrer por estas cores, das razões históricas que nos fazem resistir, como se saídos da pena de Goscinny, o criador de Asterix. Não é uma comparação descabida. Tal como esses irredutíveis gauleses, também o Porto vive cercado pelo inimigo. Soa algo beligerante, mas é a pura realidade. Não tememos ninguém, muitas vezes lutamos com armas desiguais, mas julgo que é isso que nos molda, que nos faz ser diferentes. SER PORTISTAS! Um orgulho incomparável...

3. O argumento desta Superliga parece ter sido escrito por um qualquer talentoso argumentista de Hollywood, capaz de aliar a acção a um suspense extremo. Golo do Aves, autêntico balde gelado na euforia reinante nas bancadas. E o Porto abúlico, incapaz de reagir. Prostrado no sofá, amaldiçoava a sorte, como se ela fosse a culpada de tudo. Intervalo. Tempo para carregar baterias. Porra, estava mesmo nervoso.
4. Início da segunda parte e, como num pase de mágica, tudo resolvido em 3 minutos. Primeiro Lizandro, com a sua entrega habitual, a conseguir espaço para um remate letal. Quase nem deu tempo para comemorar. Canto e auto-golo de Jorge Ribeiro. 3-1 e os temores a desaparecerem, dando lugar a uma alegria incontrolável. Senti que estava ganho. O 22º da nossa rica história. O tão desejado bicampeonato. E, para terminar com chave de ouro, a oportunidade de consagrar um símbolo da casa, um atleta brilhante, um verdadeiro DRAGÃO: Vitor Baía! 700 jogos no maior escalão do futebol luso, 1o campeonatos vencidos, 31 títulos no total, que o tornam o mais galardoado a nível nacional. Uma despedida? Saber-se-á brevemente mas, por tudo o que nos fez viver, só me resta dizer um singelo OBRIGADO VITOR. Continuas a ser o maior de todos...
Hoje não é altura de escalpelizar a exibição, nem de destacar ninguém. Hoje é dia de festa, de comemoração. Hoje, foram todos autênticos heróis. Vencemos, e isso basta...
CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS CAMPEÕES!
1 comentário:
CAMPEOES, CAMPEOES! Esta já é nossa. GANHAMOS. VIVA O PORTO. E para o ano é o tri. Tou feliz. CAMPEOES, CAMPEOES, CAMPEOES!
Enviar um comentário