21 de abril de 2008

Lisandro marcou...ao Dragão foi quanto bastou!

A visão de Bruno Rocha do clássico de Domingo...

"Depois de semanas entretido na futurologia do perspectivar das partidas do emblema Tricampeão, volto esta semana ao vosso convívio na qualidade de comentadeiro bloguista e logo na ressaca do último grande clássico desta Bwin. Bem sei que haverá quem personifique para a próxima jornada novo clássico e até lhe confira a denominação de derby minimalista na Capital (Vermelhos Vs Azuis do Restelo), onde nos tempos que correm estes depauperados termos só tem mesmo a intenção de conferir uma competitividade inexistente ao nosso futebol.

Directo ao que me trouxe e sem mais delongas tal qual algumas das transições ofensivas patenteadas meses afio, jornada após jornada, pelo ataque dos Dragões a minha primeira impressão do clássico era acicatar e humilhar ainda mais os ditos 6 Milhões, em tom jocoso, tiradas tais como “ASAE fecha a Luz”, por falta de qualidade do futebol apresentado, equipa imprópria para consumo ou ainda resultado do Dragão viciado visto um dos placards mais vezes registado em confrontos a Norte ser 2-1, tudo isto teria o condão de calcar e recalcar os verdadeiros adeptos das papoilas, mas confesso que no meio de tudo isto sinto alguma complacência, não que o emblema das águias mo mereça mas apenas e só pelos amigos que tenho e que apesar de tudo se mostram fieis as cores por si eleitas. Complacente também porque apesar de tudo me choca ver alguém como Rui Costa jogo após jogo encerrar a sua época de despedida quase de lágrima no olho como que ansiando por um milagre e renasça das cinzas uma Águia qual Fénix, apelando ao orgulho benfiquista…um orgulho que se manifesta na grandeza proporcional dos 150 adeptos presentes no Anfiteatro Azul.

Enquanto o leão sucumbia em pleno Magalhães Pessoa, um feudo, região onde habita um dos últimos bastiões das cores verdes, as ditas aves de rapina subiam ao relvado do Dragão a voar baixinho, esperançadas que o ambiente envolvente conferisse aos Azuis e brancos um fato de gala e que em face disso o Onze de Jesualdo, relaxado não carburasse e triturasse este Benfica de Chalana… óptima oportunidade para retemperar a alma encarnada, só que quando a passagem do minuto 7 o senhor do costume no seu 1º remate a baliza forasteira, faz balançar as redes sem apelo nem agravo, os rosinhas viram-se sem argumentos para sarar as feridas, Lisandro acabava de por o dedo na ferida fazendo sangrar um sector defensivo que leva um registo anormal de 10 golos sofridos em 3 partidas. Terão pensado a nós tudo nos acontece, ainda assim num assomo de dignidade esticou a corda, procurou ajuda da Maria, pedia ao Manuel (R.Costa) que na sua mestria pautasse a investida contras as cores infiéis, o MAXimo que conseguiu foram 2 a 3 incursões pelo flanco direito e um ou outro sobressalto no ultimo reduto Azul.

Sensaborona a 1ª parte, sobranceira ate diria a exibição dos comandados de Jesualdo, incapazes de pôr velocidade no jogo, desligados nas transições, sem grandes destaques individuais, sem os habituais raides do sprinter Bosingwa o protagonismo era do Magic Gipsy pela também incapacidade de fazer bem o que quer que fosse, remate aqui, frisson ali ate no capitulo arbitral a imagem era de acalmia, ao intervalo o merecido era um jogo sem golos seria castigo justo e resultado ajustado ao desenrolar do clássico.

Com 45 minutos pela frente a única coisa que pedia era um embate mais empolgante capaz de me fazer dar por bem empregue o tempo dispendido no televisionamento da partida. E logo de entrada o jogo acelerou, mais expedito com um Lucho agora mais laborioso e a rendilhar o futebol portistas iam-se somando ataques e investidas as redes de Quim, uma diferença notória de prestação e de intenções mais próximos agora de um registo competente e de seriedade, via-se finalmente o Porto a pressionar alto, pondo em palpos de aranha a defensiva encarnada, antevia-se novo golo azul, que só a ineficácia e inépcia a mistura iam adiando, perante este hiato e conjuntura de partida só um tal de Cebola aparecia a rematar de longe, mas falhará o alvo o potente remate desferido tendo apenas o condão de fazer chorar o resistentes adeptos vermelhos tal foi o destino conferido a bola.

Habitue a troca de Tarik por um outro qualquer jogador do banco Azul, desta feita não entrou Farias, minutos depois sim, agora era Mariano e desta feita muito bem, seguro tacticamente e a imprimir velocidade começava a entortar os adversários embora com passos pouco dados ao tango dos outros argentinos. Com Nulo Golos encravado entre os centrais sem ganhar uma bola no espaço aéreo, Chalana atira as feras Cardoso e Makukula, talvez por força do receio e do medo que a zona intermediaria portistas engolisse o futebol encarnado, impedindo assim de subir a ultima linha defensiva, mas estava escrito que o artilheiro mor deste campeonato havia de deixar nova marca e após ameaças, Licha faz o segundo e põe termo ao jogo se ele não estava já acabado desde o 7 minuto, pouco mais tempo havia para jogar e já só o apito de Paixão era esperado para que passassem a ser 24 os pontos que separam a melhor equipa dos últimos 10 anos do melhor emblema em terras lusas.

Dois remates certeiros e um funeral, Pinto da Costa na sua passagem pela Morgue do Hospital da Luz havia dito que tinha visto parte do Benfica por lá, pois bem os restantes despojos seguiram via A1, com passagem por Leiria para em conjunto com P.Bento carpirem magoas de um fim há muito anunciado.

Momentos da Noite

Destaco dois, um que tem o seu que de hilariante, Binya ainda antes da expulsão, feliz e contente junto à lateral esquerda do seu ataque, aprontava-se para fazer uso da sua força de braços e através do forte lançamento fazer pingar a bola na área contraria, não terá percorrido a bola um terço do seu percurso, pois Bruno Paixão feriu de morte tal jogada estudada, mostrando que os Srs. Do apito quando querem fazem os trabalhos de casa. O outro só a magia do zapping me conferiu tal observância, Filipe Soares Franco incrédulo, pensativo ou mesmo interrogativo como é importante a acústica dos balneários no futebol moderno.

RTP Memória

Por estes dias e como é timbre do canal revisitam-se os clássicos e anteriores partidas do nosso futebol, consentâneas com o trajecto que por ora se desenvolve na Bwin, pois bem este fim de semana e a propósito do clássico foi revisitado o confronto de 1997, nessa altura António Oliveira era o mister Azul e branco onde pontificava Jardel, vem isto a propósito para ao visionar parte do jogo ter que conferir alguma justeza a célebre frase do melhor Benfica dos últimos 10 anos, é que naquele onze pontificavam nomes como Calado, Valdir e um tal Martin Pringle entre outras jóias raras não sendo difícil perceber as declarações do Rei dos Pneus com orelhas de Dumbo."

Bruno Rocha

4 comentários:

dragao vila pouca disse...

A minha grande frustração é o F.C.Porto ser um clube do futebol português e de um País como Portugal.
Com a qualidade que temos: ao nível dos melhores do Mundo, em todas as áreas,excepto a económica, se tivessemos possibilides de manter os jogadores todos deste plantel e capacidade de nos reforçar-mos com 2 ou 3 de qualidade, podiamos ter objectivos maiores.
Assim é difícil e é esse o nosso grande dilema.
O que fazer com todo este sucesso?
Um abraço

Anónimo disse...

Bem, de jogo sujo não se podem queixar. Tal foi o banho de bola que se não sairam limpinhos a culpa não foi nossa. Queixem-se à polícia de outra coisa qualquer, excesso de velocidade ou algo do género.

Anónimo disse...

Ouvi dizer q está programado como o maior evento do ano, acompanhada em directo pela SIC e a TVI, uma caminhada a pé ao Santuário de Fátima de uma enormissima massa de crentes, da Segunda circular, chefiada pelo Orelhas, Paulo Bento e Rui Costa, no caso do FCPORTO, ganhar ao Guimarães...
justiça Divina!???
Amorim

Anónimo disse...

e deixem de ligar pró Vieira...
... - "o q vais fazer?, - ai e tal vou ligar pró vieira."