11 de agosto de 2007

Para que não se esqueça a infâmia




Os EUA, depois do traiçoeiro ataque que sofreram em Pearl Harbour, prestaram homenagem às centenas de soldados que pereceram nesse dia trágico, chamando-lhe, apropriadamente o "dia da infâmia". Na história do Porto existiram alguns, já enterrados nos escombros da memória. Contudo, para estas novas gerações, existirá um, ainda hoje lembrado, tamanho foi o despautério verificado numa noite de Inverno - 19/02/2000 - em Campo Maior. Esse dia ficará, para sempre, perpetuado na minha memória como o de um dos mais escandalosos viciamentos da verdade desportiva que este País já assistiu. O saudoso Pedroto tinha uma expressão que sintetiza tudo o que se passou naqueles longos 90 minutos: "um roubo de igreja"!

Felizmente a este não aconteceu o mesmo que a tantos outros. É o que dá poder recorrer às novas tecnologias, com os vídeos e a internet a permitirem a manutenção, com todo o poder que uma imagem tem, desta roubalheira. Bruno Paixão ofereceu, numa bandeja de prata, o título ao Sporting, pondo fim a um jejum de 18 anos. Ainda hoje ele anda por aí. Ainda hoje ele apita. E, pasme-se, até tem prémios como o de apitar a Supertaça. Triste País este...

Não são apenas as imagens dessa partida, em especial a marcação de José Soares a Mario Jardel, que não me saem da cabeça. Por onde andavam, na altura, os Manhas, os Delgados, os Cartaxanas, e todos os outros, sempre tão causticos em relação a erros arbitrais, desde que estes envolvessem o Porto? Artigos nem vê-los, numa prova evidente que se tentou escamotear e branquear o que se passou nesse jogo. Silêncio cúmplice...

3 comentários:

Anónimo disse...

Tu é que sintetizas tudo o que se passou nessa noite: foi o jogo da infâmia!
E isso diz tudo!
As imagens falam por si. Vergonhosa arbitragem!

Anónimo disse...

Título apropriado a um momento negro na história desportiva. Fosse esse jogo com outros intervenientes e seria um nunca mais acabar de intervenções inflamadas. Basta recordar o que aconteceu depois daquele lance do Petit e do Baía, o escarcéu que foi feito, todo o circo mediático que foi montado, tentando denegrir a nossa vitória. Neste caso, tudo caladinho, deixando passar em claro a arbitragem claramente encomendada que se assistiu em Campo Maior. As imagens não mentem. Estão aí, para todos verem.
Uma vergonha e nunca, mas nunca mesmo, perdoarei a Bruno Paixão pelo que ele fez.

Sérgio de Oliveira disse...

Paulo :

Embora compreenda a revolta de muitos eu, por mim , já lhe concedi uma 2ª oportunidade .

O tempo já se encarregou de reeducar , desportivamente , aquela PAIXÃO pela asneira.