24 de agosto de 2007

Intensidade de pressão

Já todos conheciamos a intensidade de contacto, um termo criado por alguns analistas de lances duvidosos, onde a intensidade do dito cujo era analisada consoante as cores das camisolas. Podia ser lance para grande penalidade. Podia até existir um contacto visível dentro da área. A falta, para muitos, era flagrante. Mas…a intensidade é que ditava leis. "Ah, parece falta, há contacto, mas será que ele era suficiente para o jogador se estatelar estrepitosamente no chão?". Assim, demos por nós armados em realizadores de cinema - assim uma espécie de João Botelho, mas com capacidade para filmar - a prescrutar os lances mais aparatosos, analisando as perfomances de quem sofria faltas. Duvidando do que era patente, depois de um "ceifadela" que colocava o osso da perna à mostra, numa fractura extensa a um ditoso jogador, ainda eramos capazes de murmurar: "Parece falta…o tipo tá cheio de dores…mas será aquele contacto o suficiente para ele cair?"

Paulo Bento, cada vez mais compenetrado nesse papel que o dá como um fiel seguidor dos passos de José Mourinho, numa entrevista tranquila á Sport Tv, colocou a enfâse na intensidade…da pressão. Neste caso, da arbitragem. Segundo ele, existe já, em torno de Pedro Proença, uma intensidade…suave. Calculo que o suave deva ser um contraponto à intensidade agressiva de Soares Franco, mas ficamos sem saber. O jornalista não lhe perguntou. Para a história, fica a opinião de Paulo Bento, com a tranquilidade costumeira, de que o Porto já se encontra nessas manobras de bastidores.

Compreende-se perfeitamente onde é que o técnico leonino quer chegar. Para já, cria um fait-divers em caso de derrota, com a arbitragem a servir de panaceia a todos os males do futebol do Sporting. Até aí, nada contra. Cada um defende a sua dama da forma que entender. Mas, já que aparentemente Paulo Bento gosta de vestir a roupagem de técnico moderno, desempoeirado, também não lhe ficava muito mal criticar a pressão efectuada pelo lado leonino, antes da Supertaça. Aliás, se na entrevista, ele coloca a tónica do discurso na pressão, como se esta fosse um interveniente directo no jogo, está, mesmo que inconscientemente, a dar razão a quem apontou o dedo a Soares Franco, e a reconhecer implicitamente que essa mesma pressão surtiu os efeitos desejados sobre Bruno Paixão. Ou seja, mérito na vitória não teve muito - nada que não soubessemos.

Antes de tudo, tenho que esclarecer que existem duas coisas que distinguem Paulo Bento de José Mourinho:
1 - O corte de cabelo ridículo;
2 - Mourinho treina uma equipa de futebol.

Qualquer adepto leonino estará agora com um sorriso sardónico no rosto, pensando que, ao falar assim de Paulo Bento, mostro o despeito próprio dos perdedores, dado o Porto não ter conseguido vencer os leões nos 3 últimos jogos. Nada de mais errado, meus caros! Se não vencemos, foi sempre mais por culpa própria do que por mérito alheio. A essa culpa própria, com duas péssimas exibições nos dois últimos jogos, juntou-se sempre o já tradicinal erro de arbitragem. No Dragão, grande penalidade grosseira sobre Pepe, não assinalada. Na Supertaça, o já comentado penalty cometido por Tonel, qual guarda-redes de andebol. E mais não digo, antes que também eu seja acusado de fazer pressão sobre o homem do apito. Como se isso servisse de alguma coisa. Não é Pedro Proença o árbitro?

ps: espantosa coincidência esta que nos coloca no caminho dos clássicos árbitros de Lisboa...

10 comentários:

Anónimo disse...

Suponho então que o Paulo Bento e este Abel achem que as acusações feitas pelo presidente e dirigentes do Sporting a Pedro Henriques, depois do jogo do torneio do Guadiana, eram uma pressão para o Bruno Paixão no jogo da supertaça. E que pelos vistos resultaram!

Anónimo disse...

Se o árbitro não se deixar influenciar pelas determinações do Sr. Vitor Pereira e fizer uma arbitragem imparcial e isenta, seguramente o Sporting vai ter mais dificuldades em vencer! Mas tudo pode acontecer.

Anónimo disse...

Paulo Bento acha que está a criar-se uma suave pressão sobre o árbitro do clássico do próximo fim-de-semana, o lisboeta - nem podia ser de outra forma - Pedro Proença, quando se recorda o lance da grande penalidade cometida por Tonel na Supertaça e que Bruno Paixão não assinalou. O treinador do Sporting tem razão. Existe uma suave pressão sobre Pedro Proença para que não feche os olhos a grandes penalidades. É, aliás, uma pressão para não errar que todos os árbitros devem sentir antes de qualquer jogo. Se calhar devia ter existido uma pressão semelhante sobre Bruno Paixão, mas, pelos vistos, o árbitro de Setúbal é imune a essas coisas. De resto, quem o pressionou, e não de forma suave, foi o presidente do Sporting, imediatamente depois da derrota frente ao Benfica no Torneio do Guadiana, uma semana antes do jogo da Supertaça, quando criticou abertamente a arbitragem de Pedro Henriques. Por sinal, e de acordo com a generalidade da crítica, o também lisboeta - nem podia ser de outra forma - Pedro Henriques não cometeu qualquer erro técnico com influência no desfecho do Torneio do Guadiana. Não fechou os olhos a grandes penalidades, nem interrompeu o jogo quando um avançado do Sporting se encaminhava para a baliza, para assistir um jogador que estava no chão há um minuto perante a indiferença dos próprios companheiros de equipa. E, no entanto, mereceu a crítica aberta dos dirigentes do Sporting que, avisadamente, se calaram sobre as questões de arbitragem no final do jogo da Supertaça, até porque, como é óbvio, não tinham razões de queixa. Até agora. Paulo Bento queixa-se de uma pressão suave sobre Pedro Proença, até porque a ele não lhe pareceu que houvesse qualquer grande penalidade de Tonel. Também isso é normal. Os escassos metros que vão de um banco de suplentes até ao outro são mais do que suficientes para que dois treinadores adversários tenham uma visão completamente diferente do mesmo lance. Aliás, o aspecto da maior parte das coisas depende muito do ângulo pelo qual as vemos. Por exemplo, daqui dá toda a impressão que quem está a pressionar suavemente Pedro Proença é o treinador do Sporting.»

Do jornal -OJogo- de hoje.

BRUNO ROCHA disse...

De pressão em pressão até ao rebentar da panela....Espero que qd rebentar a dita panela, apanhem com 2/3 batatas..não sou de vinganças mas há alturas em que elas me saciavam na plenitude.
Allez PORTO!!....

Anónimo disse...

A melhor resposta foi dada hoje por Jesualdo. "nunca se passa nada com o Sporting e que as pessoas têm memória curta", foi o que ele disse de Paulo Bento e das críticas. Irónico qb!

Anónimo disse...

Podias era falar de "apitos dourados...viagens cosmos, fruta, compra de árbitros, jogaores,observadores,ameaças a jornalistas,etc,etc,etc..." tanta coisa aconteceu nestas últimas duas décadas no Futebol "PODREGUÊS"

Paulo Pereira disse...

Pois foi, Tiago, tanta coisa aconteceu nas duas últimas décadas. Em 1º, acabou-se-vos a "mama" de ganharem campeonatos por decreto. Depois, assistiu-se a algo k não era esperado: a hegemonia de um clube oriundo de outro sítio k não Lisboa. Finalmente, para variar, esse mesmo clube prestigiou o futebol português além fronteiras. Venceu 2 Taças dos Campeões, 1 Taça UEFA, 2 Taças Intercontinentais e 1 Supertaça Europeia. Algo realmente espantoso, mas que denota a verdadeira força dominante no futebol luso. Há quem queira, como parece ser o teu caso, branquear isso, mas sem sucesso. A teoria da conspiração, k pretende reduzir os triunfos do Porto a meras questões arbitrais, não explica isso, pois não? Nem o facto de o teu clube, k presumo seja o Sporting, ser uma vergonha internacional, incapaz de encer algo k não a merda de um torneio do Guadiana.
Não querendo deixar passar as questões que levantas, vamos lá por partes:
1 - a agência cosmos, pretensamente envolvida numa célebre viagem do Calheiros ao Brasil, é uma daquelas situações k, repetidas até à exaustão, se torna verdade por decreto. Tudo isso foi investigado pela Judiciária, sendo o caso arquivado por falta de provas;
2 - Viagens conhecidas temos a do Mário Luís. Não sei se será do teu tempo mas, ficas a saber, foi o responsável por uma arbitragem execrável numa final da Taça de Portugal, entre os dois clubes, beneficiando os leões descaradamente. 1 semana depois, embarcou com o SCP numa digressão à China, ficando a partir daí conhecido pelo chinês. Como vês, de viagens o teu clube sabe-a toda;
2 - Fruta tb deve o teu clube opinar, pois foi, juntamente com o Benfica, o lançador da moda cá em Portugal. Mr. King, árbitro internacional, tem umas histórias escabrosas para contar. Podes pesquisar a história aqui, em escândalos.
3 - Compra de jogadores deves estar-te a referir a Manaca, que vos deu o campeonato de 1979, com um auto-golo, não fosse ele um vosso ex-atleta.

Meu caro, antes de atirares pedras aos telhados dos vizinhos, tem muito cuidado com os teus. És um adversário muito fraquinho...

Anónimo disse...

tiago isso deixamos com o orelhas para se desculpar da sua desastrosa equipa que nao ganha a um leixoes

Anónimo disse...

Gostei da resposta da Jesualdo hoje. Falou bem. Já não há paciência para aturar os sportinguistas, sempre a falar da mesma coisa. Eles é que pressionam e depois ainda se armam em santinhos. Deviam levar uma mgoeada. Força Porto!

Anónimo disse...

Eh eh eh, eu gostei foi do "Mourinho treina uma equipa!"
Mai nada, Paulo Bento é um treinador criado pelos média. Venceu a Supertaça como se sabe e a Taça por acidente, devido aos precalços de Porto e Benfica cedo demais. De resto, é uma nulidade!