4 de fevereiro de 2009

Xist[r]ema de Jesualdo

Jesualdo, já o tinha percebido, está vacinado. Gosta de levar na "pá", como se diz na gíria. Provou-o, no ano passado, em Liverpool, cidade famosa pelos Beatles, mas também pelo The Kop, mítica bancada de Anfield, grata nessa noite pelos equívocos.

Depois, com a sua ideia de rotatividade, foi levando os adeptos do Porto a provarem dissabores indigestos. Em Fátima, nesta Taça da Liga, ou em casa, frente ao Atlético, na Taça de Portugal.

Esperei, expectante, que depois do naufrágio na nebulosa capital inglesa, frente ao Arsenal, Jesualdo tivesse aprendido a lição. Mas não. Provou-o hoje. Mais uma vez. Teimosamente.

Ponto prévio. Considerava esta meia-final da Taça da Liga mais importante que o clássico de Domingo, frente ao Benfica. Desde logo, por ter a possibilidade de, em caso de vitória, ver as cores azuis e brancas no palco da final. Não concordo com a tentativa de ridicularização que alguns tentam dar desta competição.

É uma competição nacional, oficial, que merece respeito. Coisa que, aparentemente, o treinador portista não teve. Pelos adeptos que sofrem por aquele emblema.

Assim, o grupo excursionista que visitou a caital tuga colocou-se a jeito. De ser humilhado. A Jesualdo, como disse, pouca mossa parece fazer. Os "olés" jocosos dos adversários, os risos sarcásticos dos opositores, a honra vilipendiada do clube. Nada ultrapassa a couraça de impassibilidade do técnico portista.

E é pena. Os 90 minutos em Alvalade mostraram que, com a equipa titular, o Porto poderia estar neste momento a sorrir. Mesmo com Xistra a apitar, como sabe, a partida.

Para memória futura, o que conta é a vitória leonina. Amparada por um festival do homem do apito, lesto a visionar faltas dentro da área portista. Mas isso é outra história.

Perdemos. Merecidamente. Fomos, não tenho a melhor dúvida em escrevê-lo, humilhados. Pelo resultado anormal. Pela pálida imagem deixada, na 2ª parte. Pelo confrangedor grupo de jogadores que hoje vestiu uma camisola que se quer sagrada.

Na pantomina em que Jesualdo transformou a partida, vestimos de forma consciente e voluntária a pele de cabeçudos. O Sporting, imagem de profissionalismo, fez o que tinha a fazer. Deu-nos uma lição. Que não seja esquecida.

Agora, resta apenas resgatarem o nome do clube. Ganhando. Começando pela corja. No Domingo.

6 comentários:

Sérgio de Oliveira disse...

Paulo :

Quero que fiques a saber (se é que ainda não sabes) que tens razão !

Ambos , vemos a questão pelo mesmo prisma .


Um abraço

Resta-me dar os parabéns ao Sporting !

Anónimo disse...

Gosto muito das suas intervenções.


Mas não seja ingenuo.

O FCP, com a equipa principal, perdia na mesma este jogo ( e ainda ganhava cartões!) pois estava escrito nas estrelas!!!

Além disso esta prova é para os jogadores menos utilizados e cumpriu o nosso objectivo.

O FCP,teve mais penaltys,contra, que todos os jogos da fase de grupos e meias/finais???!!!!!!!

E todos duvidosos!!!!


Vamos seguir o critério do sr. Xistra nos proximos tempos......

Anónimo disse...

Seria inconsciencia apostar em quatro provas.

Bruno Pinto disse...

Ora bem, é bastante complicado para mim falar desta partida e da goleada que sofremos. Havia dito aqui há uns dias que era da opinião que se devia rodar alguns jogadores neste jogo, mas nunca a totalidade, talvez metade. Quando a convocatória saiu, sem nenhum dos 11 titulares estranhei, mas disse que compreendia a atitude de Jesualdo, pois, o jogo com o Benfica é crucial e não podia de forma nenhuma ser beliscado. Mantenho a mesma opinião.

Acho que o FC Porto deveria ter encarado esta Taça da Liga de forma diferente, mais séria, com uma atitude diferente. Eu próprio me deixei ir na cantiga da viagem de comboio e achei piada, mas desde o início da competição (sim, isto é uma competição oficial, que todos disseram fazia falta ao nosso folgado calendário nacional)não entendi porque se a encarou como algo APENAS para rodar jogadores.

Não estou tão crítico como tu, Paulo, mas também não sou dos que acham que isto era para rodar jogadores. A rodar já nós temos que chegue nos outros clubes!! Mesmo que poupasse a quase totalidade dos titulares, poder-se-ía ter enchido o banco com alguns capazes de saltar lá para dentro e dar uma outra resposta. Hulk, Meireles, Rodríguez, Lucho no banco não faria mal nenhum e sempre se podia ter lutado pela vitória, coisa que na segunda parte não houve capacidade para fazer.

Resumindo, as poupanças eram lógicas e compreensíveis, mas nunca de forma tão marcada. Levámos 4 em Alvalade, e o Jesualdo a dizer que a resposta da equipa foi positiva... Espero que esteja tudo com muita força para golear o Benfica no domingo, já que estes estão agora a jogar e vão chegar a domingo completamente esgotados!!

Do jogo colectivo pouco há a dizer, o FC Porto foi dominado durante os 90 minutos. Individualmente, nota positiva para Mariano que, apesar de perder várias bolas sem necessidade e de se revelar incapaz no um-para-um, foi dos poucos que correu e se esforçou. Farías não se mexe, é incrível a sua passividade dentro do relvado (quem é que teve a ideia peregrina de dar 4 milhões por esta nulidade??). Guarín é fraco, muito fraco, não sabe soltar a bola. Pode ter uma técnica aceitável, mas inteligência de jogo, zero! Tarik, além do golo, zero! Benítez, fraco! Sapunaru... este nem comento!!

O árbitro fez uma arbitragem caseira, apitou sempre contra o FC Porto. No lance do 1º penalty não houve falta nenhuma e foi determinante no desenrolar da partida. Mas nem é novidade este Xistra prejudicar-nos contra o Sporting. Agora o 2º penalty é tão claro que não sei como há pessoas que não viram o Sapunaru (tão otário este romeno, além de fraco é burro) a agarrar e derrubar o Postiga (sim, o tal que o FC Porto dispensou para ficar com o Farías).

Fomos goleados ontem em Alvalade, essa é que é essa. Sem necessidade.

Anónimo disse...

È normal nomear um arbitro, Benfiquista, antigo atleta e da grande Lisboa????!!!!

Anónimo disse...

Quem viu as imagens da RTPN(outro angulo) pode verificar a inexistencia de qualquer penalty a favor do Sporting