10 de novembro de 2008

Vitória Épica

Em breve o artigo neste espaço. Até lá, pode sempre dar uma espreitadela aqui...

Só umas breves notas. Mesmo com 45 minutos de atraso fomos dignos. Lutadores. Merecedores de envergar aquele emblema. Perdidos nos labirintos obscuros da mente de Jesualdo, os jogadores deram uma resposta cabal, de espírito corporativo, numa entreajuda notável.

Assistiu-se à redenção de Helton, felino na defesa das redes portistas. A um golo memorável de Hulk, verdadeiro diamante por lapidar. A um execrável trabalho jornalistíco dos comentadores da TVI, facciosos até à medula, numa deplorável manifestação de tacanhez e ódio que se julgaria extinta. E, claro, ao aparecimento de Bruno Paixão. Em todo o seu esplendor.

Será, estou certo, o bode expiatório perfeito para a frustração que grassa na turba leonina. Pouco fez por isso. O verdugo de Campo Maior, o homem que literalmente terminou com o jejum de títulos leonino, amparou enquanto pode o sonho de Paulo Bento e seus pares. Mas nada pode fazer contra os desígnios da sorte. A lotaria dos penaltys premiou-nos. Justamente.

9 comentários:

Anónimo disse...

ó triste pereira!!

como tu ficaste!!!

deves ter espumado pela boca com tamanha alegria!!!
e ainda por cima, criticas o Paixão....o vosso amigo paixão....!
quando se possui "paramentos" na visão que só deixam ver em frente, temos como resultado esta tua crónica....

deixa lá...ganharam, como poderiam ter perdido...
nenhum se superiorizou claramente ao outro...eu sei que tu não viste isso, tamanha é a tua cegueira....
mas nós gostamos cada vez mais destas tuas prosas...
CONTINUA ASSIM....

dragao vila pouca disse...

Este Sporting-F.C.Porto, foi paradigmático do que tem sido a época portista.
Quem visse a primeira-parte dira sem problemas:- não temos jogadores, não temos equipa, é, talvez, o pior Porto dos últimos dez anos.
Quem visse depois, a segunda-parte, principalmente, até à saída de Caneira, diria:- afinal, temos gente a equipa tem qualidade e há bons jogadores, alguns até, muito bons.
Depois e até ao fim, surgiria a dúvida.
Eu continuo a pensar - não saio disto - que o treinador tem muitas culpas no cartório, desta instabilidade que a equipa dá mostras. Jesualdo, inventa, altera, confunde, perturba e intranquiliza a equipa, os jogadores e isso notou-se particularmente, na primeira metade do jogo de ontem.
Mas, o Sporting-F.C.Porto, também mostrou que esta equipa e estes jogadores, têm brio, espírito de vencedores e crença. Depois de três derrotas seguidas - com tudo que isso significa num clube habituado a ganhar, quase sempre - e tendo pela frente dois desafios decisivos, o conjunto azul e branco, deu uma excelente resposta e teve capacidade, para alcançar os objectivos pretendidos, mesmo em circunstâncias muito difíceis, em que teve de correr atrás do prejuízo.
Se Jesualdo conseguir estabilizar, encontrar as melhores opções e apostar nelas, sem andar sempre a mexer, temos gente capaz de atingir o que pretendemos e fazer uma época à altura dos pergaminhos de um F.C.Porto, Tri-Campeão.
Nota final:se às vezes as claques merecem forte censura, ontem, merecem uma grande palavra de parabéns, pois sem elas, o F.C.Porto estaria praticamente sózinho em Alvalade.

Um abraço

Paulo Pereira disse...

Olha quem apareceu!!!!

O caro anónimo. Seja bem vindo a este humilde estabelecimento. O que te aconteceu, ultimamente?

Andaste aziado pelo golo em Kiev? Deixa lá, nada que uma pastilha para a azia ou um cremzinho anal (usa o da tua mãe) não te tenha curado.

Ou isso, ou em alternativa, dois belos banhos turcos.

Meu caro, é sempre delicioso ler-te. É revelador e sintomático que o que sentes está intrinsecamente ligado aos nossos sucessos. E isso, apesar de irónico, sabe tão bem.

Imaginar-te doente de raiva, ao veres os turcos a silenciarem a Luz. Ou a assistires ao golo de Lucho, na longínqua Ucrânia. Ou ainda, mais doloroso, às defesas de Helton.

As melhoras:)

ps: E sim, ficou bem patente que Bruno Paixão é nosso amigo. Apenas se "esqueceu" de assinalar 3 castigos máximos favoráveis ao FCP, expulsou Pedro Emanuel a pedido e contemporizou com o jogo violento de Liedson. Pouca coisa, como se vê.

El Pibe disse...

http://estadiodragao.com/televisao-pouco-independente/

El Pibe disse...

http://estadiodragao.com/televisao-pouco-independente/

Anónimo disse...

ó estimado triste pereira....

é escusado....as tuas palas, toldam-te o juízo...

3 penaltis a favor da agremiação corrupta?? só? nõ seriam 4, talvez 5...? jogo violento? deves estar a pensar no sandokan alves....!!

será que o teu canal já mostrou o penalti do rolando???

igual ao penalti do cesar peixoto à 3 anos atrás...!

cumprimentos para toda "la famiglia""

Anónimo disse...

Segunda-feira, Novembro 10, 2008
MUITO ANTES DA PONTE DA ARRÁBIDA...


Época de 39/40. Enquadramento - o F. C. Porto tinha ficado em terceiro lugar no regional, mas participou no campeonato por causa de uma manobra administrativa. A Federação Portuguesa de Futebol fez o alargamento à pressa, as portas abriram-se. Os portistas foram campeões e estiveram quase a consegui-lo sem derrotas, mas, a 21 de Abril de 1940, perderam no Lumiar. O Sporting venceu por 4-3 com o golo da vitória a ser marcado a 20 segundos do fim. Ângelo César, o presidente da altura, já reclamava os privilégios dos clubes de Lisboa. Na equipa distinguiam-se os croatas Petrak e Kordrnya

Depois de ter conquistado os campeonatos de 38/39 e 39/40, o FC Porto sonhava, pela primeira vez, com o seu terceiro título consecutivo. Mas já na época do "bi" a prova teve que ser alargada de forma a repor a "justiça", após uma decisão da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) contrária à da Associação de Futebol do Porto, que colocava o Leixões no "Nacional", em detrimento dos (campeões) portistas. A ilógica da determinação federativa era tal que a formação de Matosinhos recusou o lugar, alegando que a equipa que deveria estar por direito na fase final era o FC Porto. E o FC Porto, com Mihaly Siska no comando técnico, provou então, que era a melhor equipa nacional Na temporada de 40/41, a FPF radicalizou as suas acções de forma serem mais eficazes. Angelo César, presidente do FC Porto, utilizava, naquela altura um discurso (idêntico àquele que viria a ser retomado por Pinto da Costa) contra os poderes instituídos em Lisboa, contra as arbitragens que prejudicavam constantemente as equipas do Norte favorecendo, por outro lado, as do Sul. E quando se levantou a grande polémica que marcou a época de 39/40, Angelo César clamava por justiça, mais do que nunca. Para não voltarem a ser incomodados e ainda, por cima, obrigados conceder-lhe razão, os senhores da FPF irradiaram o presidente portista. Os portistas elegiam simbmente Angelo César para presidente da Assembleia Geral, mas o grito de revolta ecoava por toda a cidade. Por coincidência (?), desde que a voz incómoda de César foi amordaçada, começaram então as arbitragens que de forma descarada prejudicavam sucessivamente o FC Porto, como se pode constatar na consulta de qualquer jornal da época. Logo no primeiro jogo entre os "grandes", o Sporting recebeu os portistas e ganhou por concludente 5-1. Como se não bastasse o resultado ser tão desequilibrado, o sportinguista João Cruz lesionou gravemente o guarda-redes portista, Bela Andrasik, que foi evacuado para o Hospital de São José. Henrique Rosa, o homem que de negro vestido, pintou a sua actuação de verde e branco, encarregou-se de consentir o terceiro golo na sequência de um fora de jogo claríssimo e validou o quarto tento, quando o guardião Andrasik se contorcia com dores no chão, graças a duas fracturas nos ossos da face, depois da agressão de João Cruz.
A guerra Norte-Sul adensou-se ainda mais quando Carlos Pereira, a meio da época, optava por jogar no Unidos FC, um clube de Lisboa que lhe ofereceu o dobro do vencimento que auferia no FC Porto e ainda 30 contos de "luvas". A equipa portista, sempre comandada por Siska, ainda conseguiria fechar o campeonato com uma vitória de 5-2 sobre o Benfica, mas a derrota consentida no Lima, ante o Sporting tinha-a já atirado irremediavelmente para fora da rota do "tri", naquele em que seria mais tarde recordado como o ano em que os árbitros viraram "anjos negros".
Bolanaarea

Paulo Pereira disse...

ó meu caro anónimo,

Como vês, a minha bonomia hoje até me dá para te responder. É o que dá acordar com um belo sorriso no rosto, vendo o céu mais azul, os passarinhos a chilrear, etc, etc...

Como deves calcular, não será preciso fazeres um exame oftalmológico para veres que existiram vários penalidades favoráveis ao Porto.

Para aferires isso, bastará não pertenceres ao elevado número de iletrados. Calculo que, pese a evidente dificuldade que tens em te exprimir, consigas folhear um jornal. E, ao menos, leres as "gordas".

Se pegares no teu pasquim de eleição, que provavelmente será a Bola, verás que até eles são da mesma opinião. Que raio, pensarás tu, nem nesse manipulador meio de comunicação podes confiar...

A realidade é só uma. VENCEMOS!

Para a história ficam apenas as grandes penalidades sonegadas nas faltas sobre Hulk (Polga e Rui Patricio) e a cotovelada sobre Rolando (Rochemback). Como se constata, pouca coisa...

Beijocas à mãezinha!

Bruno Pinto disse...

Paulo,

Foi uma sofrida mas saborosa vitória! Na primeira parte, fomos completamente dominados, é certo, mas a partir daí a equipa melhorou e conquistou um daqueles triunfos que dão gosto conquistar, com emoção, sofrimento e drama.

A temporada do FC Porto tem sido extremamente sofrível, mas foram dados sinais positivos nas duas últimas vitórias, após uma série negra de três derrotas consecutivas. Agora que já conhecemos melhor os jogadores que chegaram no passado defeso, temos que convir que há ali vários jogadores sem categoria para o FC Porto e que o plantel apresenta inúmeras limitações. Além disso, há várias pedras nucleares em baixa de forma, concretamente Lucho, Lisandro e Rodríguez (este tem desiludido bastante).

Sobre Jesualdo, ontem inventou bastante, é verdade. Mas continuo a achar que a época cinzenta que temos feito não é apenas culpa dele e que as responsabilidades devem ser repartidas por todos: treinador, jogadores e SAD. E se nas derrotas lhe caem todos em cima, é bom lembrar que estas duas últimas vitórias, em jogos de grande dificuldade, também são dele.

Abraço.