10 de maio de 2008

O de sempre...

Bwin Liga, 30.ª jornada

Estádio José Bento Pessoa, na Figueira da Foz.

Naval, o - Porto, 2

[farías, os 2]

Hora: 19.45

Árbitro: Marco Ferreira (Madeira)

FC PORTO:Ventura; Fucile, Stepanov, João Paulo e Lino; Bolatti, Kazmierczak e Mariano Gonzalez; Tarik, Farías e Adriano.
Suplentes: Nuno, Pedro Emanuel, Cech, André Pinto, Paulo Assunção, Castro e Hélder Barbosa.

Treinador: Jesualdo Ferreira

O Porto é como o algodão. Raramente engana. Hoje, na ventosa cidade costeira da Figueira, o desaire caseiro perante o Nacional foi rectificado. Com eficiência. Mostrando que a qualidade azul e branca não se esgota no onze geralmente titular.


Confesso que gosto destes jogos a "feijões". Acompanhados sem pressão, no doce torpor que o sofá causa num corpo cansado, os 90 minutos nunca se esgotam nas peripécias dentro do relvado. Sobretudo se o jogo for televisionado na TVI. Imagem de marca a marcação cerrada de JM Delgado, acérrimo inimigo do emblemado Dragão, incapaz de viver longe do seu ódio de estimação. E assim, os jogos ganham outra dimensão. Num registo que se divide entre o trágico/cómico. Adoro vê-los assim. Aos nossos detractores. Vestindo aquela fina camada de pseudo-jornalistas imparciais, mas facilmente perceptível que lá no fundo, no âmago, são corroídos pela bílis. E como geralmente o Porto cumpre com o seu código genético, vencendo sistematicamente, chega a ser confrangedor assistir às tentativas de explicações técnicas com que aquelas mentes doentias debitam, como paliativo à própria frustração...


Não haverá muito a dizer do jogo que colocou um ponto final da Superliga 2007/08. Agradável de seguir, sem grandes espartilhos tácticos, numa toada de parada e resposta, com a evidente falta de sincronização do onze escalado por Jesualdo a equilibrar a contenda.


Apesar de mais perigosos, os navalistas foram surpreendidos pela eficácia portista, tremendamente eficazes, resolvendo o jogo em aenas 4 minutos, quando os ponteiros caminhavam vagarosamente para o intervalo. Dois golos de rajada de "Tecla" Farías sentenciaram a partida, premiando o labor dos atletas portistas...


Nos azuis e brancos destaca-se o prémio oferecido pelo treinador portista ao jovem Ventura, estreando-se com uma exibição segura na guarda das redes do tricampeão. O 3º guardião da Invicta não tremeu, na altura das responsabilidades, mantendo uma postura sóbria e atenta ao longo do encontro...


Gostei também do esforço denodado de Adriano, sempre muito activo e, claro, de alguns rasgos de génio de Tarik, fulgurante nas suas arrancadas, oferecendo um golo de bandeja ao argentino Farías. Este, novamente reconciliado com as redes contrárias, mostrou os seus dotes de goleador, com a codícia a iniciar-se num perfeito golpe de cabeça, após cruzamento de Adriano...


Na segunda metade, novo bónus de Jesualdo, dando minutos a Helder Barbosa e a Castro, promessa do clube, com indicações excelentes dadas na Taça Intercalar...


Fecha-se o pano sobre uma edição da Superliga onde o domínio portista foi avassalador, obtendo uma margem pontual obscenamente grande sobre os patéticos rivais do sul. Para o ano há mais e, como alguns não vão ter a "mama" de começarem com pontos de avanço, lá terão que gramar connosco, a caminho do TETRA!

1 comentário:

Anónimo disse...

LER,MEDITAR e DIVULGAR:



A dois dias de terminar o campeonato de 2007/08, os argumentistas do Apito Final conseguiram o impensável. Agradar a Gregos e a Troianos. Nem em novelas se idealizam finais tão perfeitos. Senão vejamos.

1. A nação benfiquista regozija

E consegue finalmente alguma alegria numa época tão cinzenta. Afinal Portugal é um país justo. O Pinto da Costa é corrupto.

Não interessa que os tribunais civis decidam o contrário. Não interessa que mesmo a própria justiça desportiva o venha a ilibar no futuro. O que interessa é agora e o agora está muito necessitado de boas novidades, mesmo que estas nada tenham a ver com o Benfica.

2. O FC Porto aceita sereno a retirada de 6 pontos

Numa época em que a retirada de pontos é indiferente seria contraproducente recorrer dentro dos controlados orgãos desportivos que temos. O verdadeiro recurso teria de ser levado para tribunais civis irritando a UEFA e colocando o futebol português em risco de retaliações. E aqui sim o FC Porto seria o clube mais prejudicado. Nem clube nem adeptos conseguem já imaginar o que é não participar na competição que junta anualmente os 32 clubes mais fortes da Europa.

Não recorrer é a decisão mais inteligente para o clube.
Não recorrer é a decisão que não compromete nem o presente nem o futuro.

3. SAD portista mantém a confiança no Pinto da Costa

Outra coisa não seria de esperar. As SAD visam a maximização do lucro e esta decisão é soberba. Não só não se feriram os interesses da SAD como se eliminou a incerteza que pairava sobre as acções.

O pior que existe para as acções de uma empresa cotada em bolsa é a incerteza. Como dizia um meu professor, "para o papel cotado, mais vale um adversidade consumada hoje do que um potencial mal menor amanhã". Neste caso, nem adversidade hoje nem incerteza amanhã. É mesmo expectável que se venha a assistir a uma valorização das acções no curto prazo.

4. E finalmente, Pinto da Costa livre para defender o seu nome

Como dirigente desportivo, nada mudou. Se alguém tinha dúvidas, o seu "não vamos mudar por nada, a gestão do clube em nada será alterada" dá uma pista sobre quem continuará a gerir o clube.

Mas com muito mais alcance e deveras muito mais importante, como cidadão, Pinto da Costa pode levar o recurso a qualquer tribunal sem colocar em risco o clube.

Aqui reside a força do FC Porto. O seu presidente chamou a si a defesa do nome do FC Porto com total liberdade para a defender fora do eixo viciado da LPFP e com o clube a salvo de qualquer retaliação.

Não é fácil ser o personagem principal de todos os Apitos à excepção do encarnado - principal não porque seja o mais visado nos processos, não porque tenha efectivamente corrompido o sistema, mas porque matou "o sistema" e instituiu um novo status quo com o "Glorioso" o "Grande", etc. arredado da ribalta. Mas mais uma vez Pinto da Costa provou ser um exímio estrategista.

Nem mesmo os intelectuais da bola viram esta a chegar!
Este desfecho só pode ter sido combinado.

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