21 de maio de 2008

Doces recordações...


Celtic Glasgow 2-3 FC Porto

Taça UEFA 2003
21 de Maio de 2003

Estádio Olimpico, Sevilha (Espanha)

Árbitro: Lubos Mitchel (Eslováquia)

Celtic Glasgow: Douglas, Mjalby, Balde, Valgaren (Laursen 64m), Agathe, Lambert (McNamara 75m), Lennon, Thompson, Petrov (Maloney 104m), Larsson e Sutton.
Suplentes não-utilizados: Hedman, Sylla, Fernandez e Jamie Smith.
Treinador: Martin O'Neill.

FC Porto: Vítor Baía; Paulo Ferreira, Jorge Costa (Pedro Emanuel 70m), Ricardo Carvalho e Nuno Valente; Costinha (Ricardo Costa 8m), Maniche, Deco e Alenitchev; Derlei e Capucho (Marco Ferreira 97m).
Suplentes não-utilizados: Nuno, Tiago, César Peixoto e Clayton.
Treinador: José Mourinho.Marcadores: Derlei (45m), Larsson (47m), Alenitchev (53m), Larsson (56m) e Derlei (114m).

É um lugar-comum afirmá-lo, mas recordar é viver. Foi há 5 anos. 21 de Maio de 2003. O dia mais marcante da minha vida desportiva. Sevilha, engalanada, recebia de braços abertos a final da UEFA. Os contendores chegavam à final escoltados por hordas de adeptos sequiosos de vitórias...

Era, até hoje, um segredo meu. Partilho-o com vocês. É nestas imagens que eu me refugio, quando o pesar de um mau resultado, ou simplesmente a nostalgia de um momento me provoca saudades. É um bálsamo milagroso...

Ouvir os comentários, reviver imagens já vistas milhares de vezes, mas sentindo ainda hoje a pele arrepiada de emoção. Eu estive lá. E isso, confesso, marcou-me para toda a vida. O ambiente de festa. A canícula infernal. A folia escocesa. O ar electrizante. A expectativa. E o jogo...

E que jogo. Intenso. Recheado de punhados de bom futebol. Jogadas magistrais. Toques sublimes. Um Deco brilhante. Mágico. E uma equipa, ostentando aquelas listas verticais, decoradas com azul e branco, lutando contra todas as adversidades...

As lesões. Os golos cirúrgicos do adversário. O prolongamento injusto. O sofrimento atroz. Até aquele momento. O corpo a levantar-se na bancada, acompanhando com fervor a jogada de Marco Ferreira. A bola, saltitante, provocadora, passeando na área do Celtic. E Derlei, sempre ele, aparecendo veloz, rematando com fúria. Um remate de todos nós. De todos os portistas que, ali em Sevilha, ou em qualquer lugar deste imenso planeta, olhos colados no ecrã da tv, desejavam aquele momento...

A explosão de alegria foi algo de animalesca. Toda a pressão extravasada num único grito. GOLO!

A Europa rendia-se ao poder do Dragão. E isso, por muito que tentem, nunca nos tirarão...


ps: foto retirada do Bibó Porto

1 comentário:

dragao vila pouca disse...

O preço da glória é muito alto neste País de gente mesquinha e invejosa.
Sevilha como Gelsenkirchen, Viena ou Tóquio são recordações que ficam para a vida e ultrapassam muito, os meus melhores sonhos.
Estas realidades não serão esquecidas.
Um abraço