17 de abril de 2008

E porque não?

Acho que era da mais elementar justiça. Tantas petições e ninguém ainda se lembrou desta. Cambada de ingratos. Lanço-a eu, pronto!
"Fica Orelhas"!

4 comentários:

Anónimo disse...

Como todos sabemos, estamos numa economia com um crescimento muito baixo, praticamente estagnada, e com um índice de desemprego altíssimo, que não só não baixa, como só não sobe mais, porque tem sido compensado, principalmente no nosso distrito, por levas sucessivas e intensas de emigração.




Os últimos indicadores não são optimistas, pelo contrário. A situação internacional tem vindo a piorar, sendo de prever a afectação das nossas exportações, o único sector que tem permitido um crescimento embora lento da nossa economia. As previsões do FMI são aterradoras mas mesmo que nelas não acreditemos (acertam tantas vezes quantas erram) a verdade é que o Banco de Portugal já pediu uma revisão em baixa das perspectivas de crescimento.


No entanto, como já tantas vezes afirmamos, a nossa situação concreta no Norte do país é bem pior que no resto. Estamos abaixo da média nacional em todos os indicadores, embora sejamos a única região do país que exporta tanto quanto importa.


Estamos abaixo nos indicadores educativos, no poder de compra, na assistência na saúde e social e quando se esperaria que, face a esta situação, os governos do país canalizassem os fundos europeus para a região que se tornou uma das mais pobres de toda a Europa, não é isso que sucede.


Há muito, muito dinheiro a chegar todos os dias ao país vindo do Quadro de Referência Estratégico, senão também não se veriam os sinais exteriores de riqueza que todos vemos. No entanto, se parte deste dinheiro vai obrigatoriamente para as regiões, delas se excluindo a região de Lisboa por ter rendimentos acima da média europeia, o grosso das maquias não vão para as regiões mas ficam nos chamados programas horizontais e esses, não regionalizados, Vão quase todos parar por inteiro para a tal região que não pode receber os fundos europeus por estar acima da média: ou seja para a região de Lisboa.




Não se percebe como no Porto ninguém abre boca. O dinheiro que deveria servir para desenvolver o país, está simplesmente a alimentar uma classe dirigente sediada na capital que assim enriquece. E o mais descarado é que embora escondam estas manigâncias, são capazes de escrever ou de dizer abertamente que Portugal, sendo apenas Lisboa, é nessa região que se devem concentrar os investimentos europeus vindos dos impostos dos europeus e os correspondentes investimentos governamentais vindos dos nossos impostos.




Temos um presidente da Cãmara preocupado em tirar a cantina aos trabalhadores, em passar a patacos o Bolhão, em não gastar dinheiro com jardins, a poupar no papel higiénico, sem uma palavra, uma visão para as grandes questões estratégicas de desenvolvimento do Norte, ou para bater o pé ao desvio descarado dos fundos europeus, chamados horizontais, para a capital.


Temos partidos políticos no Porto que mais parecem delegações da capital, funcionam ao fim-de-semana quando os líderes vêm de Lisboa para descanso, e tentam fazer de cada um de nós uma espécie de portugueses de segunda, como se aqui o norte se tivesse transformado numa nova colónia. Colónia não, uma espécie de província ultramarina, para ser mais suave, como na outra senhora.


Até quando?

Pedro Baptista à Radio Festival

Anónimo disse...

ronica deManuelMartins Sá , sobre as Finais do Jamor:
PORQUE MOTIVO NÃO QUEREM SAIR DO JAMOR?


A TAÇA É NOSSA

1 – Estou com Cícero: « Qualquer um pode errar mas ninguém, sendo inteligente, pode persistir no erro.». Que é como quem diz: nunca é tarde para emendar o que está mal. Este prólogo tem que ver com a velha polémica questão do palco da final da Taça de Portugal que, como se compreende, é ressuscitada sempre que a disputá-la é o FCPORTO e um dos dois grandes de Lisboa. Com equipas ditas pequenas, o problema não se coloca porque, em regra, são vítimas previamente designadas para a imolação.

2 – Uns defendem que o local apropriado é o estádio Nacional, outros entendem que não. Faço parte da patrulha destes ultimos, e espanta-me que os alegados rostos do sistema, como Pinto da Costa e Valentim Loureiro, ainda não tenham conseguido remover do regulamento da FPF uma escória anacrónica que vem dos tempos da outra senhora e que assumiu foros de lei , ao que julgo, nos tempos do longo consulado federativo de Silva Resende. Significa que o sistema de então ainda prevalece sobre o sistema de agora. Como somos sensíveis aos exemplos estrangeiros, dizia-se que deviamos copiar a Inglaterra, onde a final da taça era uma festa que tinha sempre lugar em Wembley. Mas, até lá, já não é assim. Ficamos sós.

3 – Em abono da minha teoria, não vou servir-me dos muitos argumentos que tenho visto invocados pelos que contestam o statu quo: a insegurança do recinto, a sua reduzida capacidade, o mau estado do relvado, a falta de conforto, a vetustez e decrepitude das estruturas de apoio, o facto de até a selecção nacional nunca ali realizar qualquer jogo ( ali, no Estádio Nacional) , o que é sintomático e eloquente. Não. As minhas razões são outras.

Primeira: a verdade desportiva, que deve estar subjacente a toda a competição e que obriga a pressupor igualdade de condições e oportunidades.

Ora, alguém têm dúvidas de que o estádio Nacional favorece objectivamente as equipas de Lisboa ? Penso que não.

Porquê ?

Porque jogam em casa, um factor determinante. Passa pela cabeça de alguém que o Benfica teria conquistado sete das oito taças que disputou com o FCPORTO se a final tivesse outro palanque ? Se têm, consulte as estatísticas da Supertaça Cândido de Oliveira, que não se joga lá, e extraia conclusões.



Segunda: a justiça económica. O futebol é uma industria e, como tal, procura rentabilizar o mais possivel o seu produto-espectaculo. Os clubes são empresas, algumas cotadas em bolsa, que precisam de vitórias para valorizar o seu património e os dos seus accionistas. Cercear-lhes esse direito é atentar contra os seus legítimos interesses. Um triunfo na taça abre a Europa ao vencedor e traz-lhe benefícios financeiros. Não chega ? Se não chega, acrescento mais um dado: em nenhum outro país do Mundo a final da taça tem local fixo e mormente onde o futebol tem grande expressão, tais como Itália ( joga-se a duas mãos nos campos dos contendores), Alemanha, França, Inglaterra e Espanha. Ainda há dias vi o rei Juan Carlos no estádio de Montjuic em Barcelona a entregar o troféu ao capitão do Saragoça. Porquê lá ? Porque os adversários dos aragoneses eram os castelhanos do Real Madrid. Local neutro.

Conclusão: O problema existe, é grave e tem que ser resolvido urgentemente pela Federação com equidade, que é para isso que ela lá está. Sejamos sérios.

Anónimo disse...

ronica deManuelMartins Sá , sobre as Finais do Jamor:
PORQUE MOTIVO NÃO QUEREM SAIR DO JAMOR?


A TAÇA É NOSSA

1 – Estou com Cícero: « Qualquer um pode errar mas ninguém, sendo inteligente, pode persistir no erro.». Que é como quem diz: nunca é tarde para emendar o que está mal. Este prólogo tem que ver com a velha polémica questão do palco da final da Taça de Portugal que, como se compreende, é ressuscitada sempre que a disputá-la é o FCPORTO e um dos dois grandes de Lisboa. Com equipas ditas pequenas, o problema não se coloca porque, em regra, são vítimas previamente designadas para a imolação.

2 – Uns defendem que o local apropriado é o estádio Nacional, outros entendem que não. Faço parte da patrulha destes ultimos, e espanta-me que os alegados rostos do sistema, como Pinto da Costa e Valentim Loureiro, ainda não tenham conseguido remover do regulamento da FPF uma escória anacrónica que vem dos tempos da outra senhora e que assumiu foros de lei , ao que julgo, nos tempos do longo consulado federativo de Silva Resende. Significa que o sistema de então ainda prevalece sobre o sistema de agora. Como somos sensíveis aos exemplos estrangeiros, dizia-se que deviamos copiar a Inglaterra, onde a final da taça era uma festa que tinha sempre lugar em Wembley. Mas, até lá, já não é assim. Ficamos sós.

3 – Em abono da minha teoria, não vou servir-me dos muitos argumentos que tenho visto invocados pelos que contestam o statu quo: a insegurança do recinto, a sua reduzida capacidade, o mau estado do relvado, a falta de conforto, a vetustez e decrepitude das estruturas de apoio, o facto de até a selecção nacional nunca ali realizar qualquer jogo ( ali, no Estádio Nacional) , o que é sintomático e eloquente. Não. As minhas razões são outras.

Primeira: a verdade desportiva, que deve estar subjacente a toda a competição e que obriga a pressupor igualdade de condições e oportunidades.

Ora, alguém têm dúvidas de que o estádio Nacional favorece objectivamente as equipas de Lisboa ? Penso que não.

Porquê ?

Porque jogam em casa, um factor determinante. Passa pela cabeça de alguém que o Benfica teria conquistado sete das oito taças que disputou com o FCPORTO se a final tivesse outro palanque ? Se têm, consulte as estatísticas da Supertaça Cândido de Oliveira, que não se joga lá, e extraia conclusões.



Segunda: a justiça económica. O futebol é uma industria e, como tal, procura rentabilizar o mais possivel o seu produto-espectaculo. Os clubes são empresas, algumas cotadas em bolsa, que precisam de vitórias para valorizar o seu património e os dos seus accionistas. Cercear-lhes esse direito é atentar contra os seus legítimos interesses. Um triunfo na taça abre a Europa ao vencedor e traz-lhe benefícios financeiros. Não chega ? Se não chega, acrescento mais um dado: em nenhum outro país do Mundo a final da taça tem local fixo e mormente onde o futebol tem grande expressão, tais como Itália ( joga-se a duas mãos nos campos dos contendores), Alemanha, França, Inglaterra e Espanha. Ainda há dias vi o rei Juan Carlos no estádio de Montjuic em Barcelona a entregar o troféu ao capitão do Saragoça. Porquê lá ? Porque os adversários dos aragoneses eram os castelhanos do Real Madrid. Local neutro.

Conclusão: O problema existe, é grave e tem que ser resolvido urgentemente pela Federação com equidade, que é para isso que ela lá está. Sejamos sérios.

dragao vila pouca disse...

Já assinei no Bicampeões do Mundo, assino agora aqui.
Fica Vieira, nós gostamos muito de ti!
Cumprimentos