23 de fevereiro de 2008

Paços Reais...

Antevisão do Porto-Paços de Ferreira, pela pena de Bruno Rocha, como habitualmente...

"Mal refeito da enorme desilusão que foi a Champions, tal partida achava eu, ditava o arranque de nova epopeia Azul na liga milionária, mais não foi que a chamada falsa partida, na resenha desportiva da semana europeia em terras de tenazes carvoeiros, tal como é conhecida a região bávara de Gelsenkirchen, o fogo do Dragão foi demasiado pobre para iluminar as hostes azuis, perdendo-se cedo demais nas minas e armadilhas próprias de quem tem de viver na mísera realidade da Bwin.

È talvez nesta convivência atroz do binómio de realidades que Jesualdo dá largas aos devaneios tácticos na ânsia de garantizar uma equipa menos insípida nos confrontos além fronteiras. Como que comungando com os que personificam o ideal de que este FCPorto estaria bem era na Liga Espanhola pois o actual cenário Luso é demasiado aburguesado para as necessidades especificas do futebol da alta-roda Europeia, a verdade é que o idealizado para a Europa se mostra bem menos próprio para consumo que os modelos internos.

De regresso a realidade interna será por ora tempo de afagar e sarar feridas, o regresso às vitórias quanto antes serão um bálsamo capaz de massajar o ego do Dragão. No caminho para o Tri os portistas recebem no seu anfiteatro a visita dos canarinhos da Mata Real, sábado junto ao cair da noite o Paços de Ferreira é o senhor que se segue. Os castores a fazerem um campeonato longe daquilo que ambicionavam, ainda mais depois do fulgurante trajecto na pretérita época onde carimbaram a estreia na Uefa, os comandados de José Mota (castigado não estará no banco a orientar a formação Pacense), vêem neste confronto um óptimo tonús para a reabilitação, prometem fazer das adversidades força anímica para de moral em alta arrancarem pontos que lhes permita a reabilitação na tabela e deixarem a convivência com os lugares de descida em definitivo.

Curioso é o discurso do adjunto pacense, como que procurando embalar Jesualdo e o Dragão, tecendo rasgados elogios à formação bicampeã sem deixar de alvitrar o incentivo a poupança de esforços e a rotação do plantel azul, escudando-se na almofada cómoda de pontos que o líder leva quando em comparação com os mais directos adversários. É bem verosímil que nada do que adiantou não fosse já sabido, mas dai achar que o tempo é de borlas só porque devemos direccionar todas as nossas atenções para o Schalke no reverter da eliminatória vai uma grande distância. O Paços tem por timbre ser uma equipa certinha, com espírito guerreiro bem a imagem do seu treinador, possui um bom keeper na defesa das suas redes, verdadeiras carraças na ora de defender, contam com alguns ciclistas na frente de ataque e são por si só um adversário capaz de fazer o Dragão suar as estopinhas para os levar de vencidos. Prova do que escrevo a eliminatória frente as galinhas onde apenas foram abatidos a custa dos remates certeiros da marca de penalty.

A última visita ao relvado portista saldou-se por um score desnivelado, provando que é uma conjuntura tacita de factores às vezes resulta em goleada, com Pepe a fazer de artilheiro bisando na partida os azuis e brancos brindaram a sua massa adepta com 4 golos que eu não me importaria nada de ver repetidos neste embate. Serão muitos os jogadores que repetirão a titularidade em comparação com essa partida

Confesso que apesar de não perspectivar grandes mudanças no onze azul tenho algum receio em adiantar o habitual bitaite sobre a constituição inicial da equipa, com Bosingwa recuperado a lateral direita estará entregue a seu dono, fica a dúvida se será de arriscar já a sua utilização, premente incerteza a luta pelo lugar no tridente ofensivo, com Quaresma intocável e Lisandro goleador o lugar em aberto é disputado por Farias que tem passado um pouco a margem dos jogos depois da veia goleadora demonstrada e por Tarik que lançado no decurso dos jogos tem sabido mexer com o jogo provando não ter perdido o comboio com a sua visita a CAN, esticando o jogo as faixas dinamizando e conferindo maior mobilidade à frente ofensiva azul, transpondo da teoria a pratica um dos pontos fortes dos Dragões, as tão famigeradas e da moda do futebolês, transições ofensivas.

Salvo melhor opinião não arriscaria Bosingwa, daria as laterais a Fucile e a Cech mantendo todo o restante figurino. O caminho faz-se caminhando é certo que o Tri é já ali mas convêm não dar passos em falso, se o panorama do campeonato permite exibições em passo débil e menos acertado, a seriedade e competência do futebol Portista não se coaduna com exibições que não sejam firmes na filosofia, habito saudável de conjugar o verbo ganhar.

Bruno Rocha"

2 comentários:

dragao vila pouca disse...

É isso mesmo, chega de carpir mágoas,olhemos para a frente.Não há nada melhor para esquecer uma derrota, que uma boa vitória.O lema é : conquistar a liga o mais depressa possível!
A seguir vamos ao Bessa: os bilhetes para sócios do F.C.Porto são a 5 apenas 5 euros.Ninguém tem desculpa para ficar em casa.
Um abraço

Paulo Pereira disse...

Jogo importante, por ser imediatamente seguinte à dolorosa derrota da Champions. Orfãos de Quaresma, os portistas são claramente favoritos para a vitória e consequente caminhada vitoriosa rumo ao TRI...

Sedentos de vingança, pese a situação algo periclitante do adversário, julgo k com maior ou menor grau de dificuldade, os 3 pontos não fugirão...

É provável k, nesta altura da temporada, o "Mestre" Jesualdo, como ontem foi apelidado de forma algo infeliz por PCosta, na Sic, proceda a algumas alterações...

Desde logo Bosingwa, ainda convalescente da lesão k o afastou de Gelsenkirchen, deverá ser poupado para outras batalhas mais importantes. A ausência de Quaresma abrirá espaço no onze inicial a Tarik, cuja titularidade deixou de existir com a sua partida para a CAN.

Assim, na frente, Farias terá nova oportunidade, ele k nos 2 últimos jogos (Funchal e Alemanha), perdeu algum do fulgor k vinha mostrando...

Se o resultado o permitir, Lucho terá uns minutos de descanso extra, ele k se tem assumido como a pedra basilar, não só no meio campo, mas da própria equipa, assumindo sem reservas o papel de organizador.

Vamos a eles!

ps: E nem será preciso a "lotaria" k alguns tiveram nas recentes competições europeias. Acho k nem com a"vaca" de Nuremberga o Paços se safará no Dragão!