LIGA - 20.ª JORNADA
Estádio do Dragão, no Porto
Hora: 20.15
Árbitro: Paulo Costa (Porto)
PORTO, 3 - PAÇOS de FERREIRA, 0
FC PORTO:Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel, Bruno Alves e Cech; Paulo Assunção, Lucho González e Raul Meireles; Tarik, Farías e Lisandro
Suplentes:Nuno, Fucile, João Paulo, Kazmierczak, Mariano, Hélder Barbosa e Adriano
Treinador: Jesualdo Ferreira
A "massa assobiativa" que, durante alguns momentos da 1ª parte, participou na sinfonia do apito, acabou rendida à beleza dos paços de tango, com os intérpretes oriundos das pampas argentinas a interpretarem da melhor forma o recital.
Não foi, e julgo que ninguém estaria à espera disso, um jogo fácil, sobretudo durante a primeira metade. Os comandados de José Mota tiveram carácter. Carácter e personalidade. E numa equipa de futebol isso costuma vir de braço dado com empenho. Os "castores" procuraram fazer aquilo que já se conhece [e aplaude] na equipa. Jogar o jogo pelo jogo. De forma desinibida. A postura pacense provocou dificuldades acrescidas aos comandados do "mestre" Jesualdo.
Elucido desde já que o "mestre" em questão foi extemporâneamente usado por Pinto da Costa, na entrevista dada à SIC. Reconheço alguma sapiência ao actual treinador dos azuis e brancos, mas parece-me prematuro [e algo infeliz] equipará-lo a alguns notáveis que já passaram por aquele lugar.
O Porto de hoje, orfão de Quaresma e da sua "gipsy magic", jogou no modelo preconizado, com Tarik a readquirir a titularidade perdida por alturas da CAN. Farías, com algum fulgor desaparecido nas duas partidas anteriores, ocupava o espaço na área destinado aos homens-golo. No outro extremo, um nome que provoca arrepios de medo aos opositores: Lisandro Lopez.
O jogo, animado pela referida réplica dos "castores", mostrou um sinal mais inicial dos forasteiros, nada constrangidos na hora de visarem a baliza de Helton. Wesley, provavelmente o melhor jogador do Paços, procurava amiúde o remate, mostrando facilidade e espontaneidade na hora de chutar o couro.
Os Dragões, rápidos mas pouco esclarecidos, viviam dos esticões de Bosingwa, com o lateral-direito portista a não parecer nada afectado pelo tempo de paragem, e dos sprints diabólicos do marroquino que caiu literalmente no goto dos adeptos.
Se uns, com a arrogância costumeira, prometem "continuar a surpreender muita gente", o Porto continua a...não surpreender ninguém. Classe com fartura, qualidade a rodos e uma postura pragmática ajudam, e de que maneira, a vencer jogos.
O primeiro sinal de perigo dos homens da casa foi dado por Farías. Esbarrou na trave. Ingloriamente, o avançado argentino via o seu belo trabalho aniquilado na madeira da baliza de Peçanha.
Não entrou essa, nem a seguinte. Fabuloso trabalho de Lisandro, oferecendo a bola redondinha a Farías, mas o remate deste a encontrar a oposição, numa zona privilegiada, da defensiva contrária.
Adivinhava-se o golo. Não o anulado a Farías, por pretenso fora-de-jogo, mas um regular. Cirúrgico, Lisandro escolheu a mesma altura com que tinha visado com êxito a baliza dos madeirenses, na pretéria jornada: minuto 44'. Letal e psicológicamente importante, num tónico reconfortante antes do descanso.
Passe milimétrico de Lucho [mais uma sólida exibição para o currículo] e o argentino a não perdoar.
A segunda parte foi quase um passeio. Um Porto mandão, nada benevolente, procurando desde o apito para o reatamento resolver cedo a questão dos 3 pontos. Lisandro ameaçou, com a bola a esbarrar no poste, mas redimiu-se de seguida, noutra bela iniciativa atacante dos Dragões, com Farías a assistir na perfeição o compatriota. Segundo da noite e um ponto final na discussão do resultado.
Seguiu-se o período de descompressão. Deu para tudo. A "standing ovation" ao goleador-mor, substituído por Helder Barbosa. Para uma mão cheia de oportunidades desperdiçadas [destaque para o míssil teleguiado saído dos pés de Paulo Assunção] e, pasme-se, para o 3º da noite, também com sotaque argentino.
Mariano Gonzalez estreia-se a marcar, com o emblema mítico do Porto, noutro lançamento sobrenatural de Lucho. Impressionante a regularidade do patrão do meio-campo portista, palmilhando o campo com uma leveza impressionante, praticamente omnipresente em todas as situações.
Venha o próximo!
10 comentários:
Paulo :
Gostei do jogo.
Acho que o F.C.PORTO , globalmente , esteve bem.
Os "castores" vinham com ideias...
que o F.C.PORTO , pacientemente , cerceou .
Venha o próximo !
Depois de uma meia-hora tremida a fazer lembrar tempos do Prof.agora "mestre", arrancamos para uma bela exibição a justificar um resultado muito mais dilatado.Depois de ouvir o treinador do paços a culpar o árbitro pela derrota, ainda fiquei com mais pena.Quanto ao "mestre"?,parece que já pegou de estaca,mas, não significa nada.
Um abraço
"Mais uma semana sem esperanças...". Ao menos o Porto devia ser o ultimo a jogar...para dar mais emoçao (partindo do principio que os outros ganhavam...)
Força Porto!!!
Está cumprido mais um passo rumo ao Tri. No princípio do jogo talvez tenha pesado a derrota de Gelsenkirchen, mas a exibição foi globalmente boa. Ganhámos com todo o merecimento e ainda fomos perdulários.
Cumprimentos.
www.guardiaodainvicta.blogspot.com
força Porto toda a gente conta contigo!!!
Estámos muito perto...
Segunda parte de luxo desbaratou eventuais esperanças pacenses, que por pouco não saíam do Dragão de saco cheio.
Só espero que o jogo contra o Schalke tenha um resultado idêntico.
Bom jogo do FC Porto que venceu com toda a naturalidade do mundo. Foram 3, podiam ter sido 6, enfim, nada a dizer. Mais uma espectacular actuação de Lisandro, bem secundada pelos passes soberbos de Lucho. Saúde-se também a estreia a marcar desse azarado Mariano González. Esperemos que o seu rendimento comece agora a subir. seria bom para ele e para o clube.
Paulo :
Eles , hoje , deram-nos uma meia alegria!
Um abraço
O F.C.Porto dás-nos muita alegria!
Força Porto!!!
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