2 de novembro de 2007

Clássico Azul, com asas para o tri!


Diz o ditado e a sapiência dos antigos que não há fome que não dê em fartura, pois bem, após enorme interregno no nacional maior do futebol luso, eis que os Dragões se nos apresentam a jogo duas vezes na mesma semana. Abatidos uns imaturos bebés matosinhenses, o que redundou na impossibilidade de podermos ver um Porto mais à Porto, eis que nos calha em sorte um Belenenses.

Ecoam ainda em diversos meios as inteligíveis exibições Portistas, e de vitória em vitória, torna-se a cada passo mais difícil escrever ou antever o que nos reserva cada desafio da equipa azul e branca, sem que sejamos repetitivos ou que se caia em exacerbados pleonasmos as adjectivações às performances dos mesmos. Os azuis do Restelo são uma equipa na verdadeira designação do que se entende por colectivo, esta época ainda não deram um ar da sua graça, excepção feita aos dois bons jogos feitos contra baváros.

Jorge Jesus acredita ser possível roubar pontos aos comandados do Prof., munidos de bons artistas no plano individual e alicerçados em bases tácticas de um técnico matreiro e arrojado, afiguram-se estes azuis uns pastéis de difícil digestão. Sabe-se como os doces fazem mal, mas não nos importunaremos se degustarmos ao final da noite, e em véspera de fim-de-semana uns quantos e se fizermos acompanhar tal degustação de um bom Porto Vintage, tanto melhor.

Jesualdo, procedeu algumas alterações na convocatória, umas por inerências físicas, tais como Bosingwa, outras como esquemas de rotatividade e novas oportunidades, e ainda que o Prof. nos surpreenda amiúde, os onze não andarão muito longe daqueles que chegaram ao intervalo do jogo de 2ª feira. Aplaude-se o regresso de Adriano, sendo que já não comungue da ideia de que Lino seja uma mais valia a ter no banco. Algo que também me apraz registar é o discurso impoluto e de cariz motivador do timoneiro da nau azul, depois de atalhar no tocante a exibições e resultados, saúda-se a intenção de potenciar a veia goleadora e os processos ofensivos, anseio apenas para que isso não tolha as ideias de consistência defensiva.

Com os pasquins a utilizarem áreas de 1ºpagina para outros assuntos, mas sem perderem oportunidade de nos pressionarem, acicatando o psicológico, com infinitos recordes a bater e a tão propalada invencibilidade a manter, estou certo que esses factores extrínsecos ao nosso futebol só nos farão correr ainda mais, e no anfiteatro do Dragão o empenho e desempenho será algo que não veremos igualado por adversário algum. O Clube da Cruz de Cristo é por tradição e estatisticamente um oponente que apesar de valioso, nos faz pouca mossa e apesar de homenageante ao sempre nosso Pavão, terá pouca margem para esticar asas.

Para além dos habituais pontos de interesse nos jogos do Dragão, acrescentem-se para logo mais alguns, por si só o facto de este ser um desafio que antecede nova aparição na Champions, e sabe-se o quão importante são esses 3 pontos e como esse facto pode inibir e pesar no subconsciente dos jogadores. Outro dos motivos de interesse será a tentativa de bater o recorde de lançamento de aviões de papel, da bancada serão lançados aos milhares, e para além do colorido da iniciativa estou certo que as asas de muitos transportarão desejos e intenções de ver este Porto catapultado para voos ainda mais altos.

Equipa a bordo, para o serviço de vôo nº 9, rumo ao TRI:

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei de ouvir o Jesualdo Ferreira a dizer que " se hoje falam do recorde, é porque se o FCP não o conseguir bater, as pessoas dirão que o FCP falhou".

Excelente afirmação e a partir de hoje a questão do recorde nem deveria ser abordada pelos jogadores.
O que interessa são mesmo as vitórias, o record virá por acréscimo.