10 de setembro de 2007

Sentir as camisolas

Não sei qual será a palestra que Scolari dará aos seus jogadores, antes do encontro decisivo com a Sérvia. Não sei e nem quero saber. Se é que haverá alguma palestra especial, diga-se em abono da verdade. Mas, se fosse eu o seleccionador, perderia uns minutos, no balneário, com a equipa toda reunida, e usaria um método diferente. Audio-visual. Captava assim a atenção da turma das quinas. Já se sabe que isto de discursos emblemáticos, apelando ao apego patriota já foi chão que deu uvas, e são tidos actualmente pelos jogadores como tremendamente chatos. Assim, para ultrapassar essas reservas iniciais, um dvd e uma TV. Mais nada. Depois, às escuras, passava o momento em que a valorosa selecção de rugby cantou o hino de Portugal. Só esse momento. Elucidativo. Qual Haka, qual carapuça. Aquela foi a forma dos nossos guerreiros mostrarem o apego a um País, a uma pátria. Arrepiante a forma como o hino foi cantado, a plenos pulmões, num momento intenso.

ps: "Espero que os jogadores da Selecção Nacional de Futebol tenham visto o jogo dos Lobos. Com metade daquela atitude, não há Sérvia que lhes resista", escreve hoje Jorge Maia, no Jogo. Resume tudo!

nota: fotografia retirada do blog Bibó Porto

6 comentários:

Anónimo disse...

Efectivamente, com metade da atitude dos LOBOS certamente não haveria quem nos derrotasse!
Foi espectacular ver a forma como jogaram, como cantaram o hino, como suaram a camisola!
Já aqui tinha escrito na crónica semanal mas reforço:

OBRIGADO LOBOS!!!!! Senti-me orgulhoso de ser português e de vos ter como representante!!!! E... façam o que fizerem daqui para a frente, aquela forma de cantar o hino, aquela garra, aquele ensaio, para mim já chegou!!!! PARABÉNS!!!!

Bruno Pinto disse...

Subscrevo por inteiro este artigo. Eu nunca segui rugby, das primeiras vezes que vi achei um desporto até patético. Tenho-me interessado mais desde que comecei a ouvir falar dos Lobos e da sua ambição de ir ao Mundial. Hoje posso dizer que já percebo muito mais de rugby e que é um desporto muito interessante, ou não fosse um dos mais populares do mundo. Ontem, dei por mim a festejar aquele ensaio como se de um golo do FC Porto se tratasse, a vibrar com aquela possibilidade em que o 2º ensaio esteve perto e a desesperar quando o árbitro parou o jogo, enquanto o português festejava novo ensaio, sem saber que não contava. E assim se ganha um novo adepto para o rugby, graças à determinação dos Lobos verdadeiramente tocante.

Abraço.

BRUNO ROCHA disse...

Arrepiante nao tive a opurtunidade de ver in vivo via Tv a esta demosntraçao de Patriotismos de GARRA de tudo akilo k nos pode assolar ao ouvir e ver o Simbolo da nossa Naçao...Orgulhosos ...será pouco akilo que possamos dizer dos LOBOS...so um aparte se é certo que ja nos tem deixado orgulhosos os feitos da Seleçao de futebol não é menos verdade que os grandes momentos de Orgulho é kd ouvimos o Hino em provas ou locais em k nao somos tao bons..Veja-se Vanessa Fernandes..Carlos Lopes...Rosa Mota...Fernanda Ribeiro...O Evora ou o obikwelo..ate noutras modalidades..o futebol tirando raros momentos pouco sentem o Hino...

bLuE bOy disse...

Amigo Paulo... assino por baixo, sem ler nem escrever.
Estes sim, fazem-me sentir honrosamente PORTOguês... dos «outros», não reza sequer a história, senão d'um 'habitual grupo excursionista', cheio de merdas, peneiras, penteados, brincos, tatuagens e novo-riquismo.
Estes, merecem muito, mas muito mais que 'bandeiras nas janelas'... merecem o nosso carinho e admiração total!
aKeLe aBrAçO,
http://bibo-porto-carago.blogspot.com/

Anónimo disse...

Ver este grupo a cantar o hino foi algo de arrepiante e fez-me pensar: se o futebol tivesse este espírito, sem vedetismos, colectivismo até sobrar, o que conquistaríamos? Ainda por cima ouvi dizer que são amadores. Também muitos deles são licenciados. Que mais podemos desejar para representar Portugal? A imprensa é um caso perdido e ridículo, mas como escrevem para iguais... há que agradar...

Anónimo disse...

Parabéns. Vi o jogo e fiquei impressionado com o espírito de sacrifício e de coragem dos nossos jogadores. Um exemplo para o bando de "meninos" do futebol. Como alguém já escreveu , merecem ser carregados em ombros ( bem, não no sentido literal!). Força. Vcs são o orgulho nacional. Até fiquei arrepiado qd os ouvi cantar o hino.