9 de setembro de 2007

Leituras de fim-de-semana

Ah, é tão bom estar de férias. Deixar o ócio invadir a rotina diária. O simples prazer de preguiçar, deitado num sofá, acompanhado apenas por uma pilha de jornais e revistas que, de outra forma e por manifesta falta de tempo, nunca seriam lidas ou folheadas.

Refastelado confortavelmente no mais confortável sofá cá de casa, deparei com este título, no semanário Sol:
"Carolina Salgado foi esta semana acusada de fogo posto e ofensa à integridade física". Abanei a cabeça, para afastar os torpores de sono mais teimosos, esfreguei os olhos até ao limite do suportável e reli:
"Carolina Salgado foi esta semana acusada de fogo posto e ofensa à integridade física".

Fiquei convencido. Aquilo estava mesmo escrito. Várias dúvidas assolaram o meu espírito. Se ela "foi acusada esta semana" porquê é que só agora, ao folhear o semanário, é que estava a ter conhecimento da situação? E então as TV's, tão lestas a dar informações sobre a alternadeira, deixaram escapar esta interessante informação? Onde fica agora a credibilidade da testemunha, Drª Maria José Morgado?

Mas a leitura continuou e as surpresas também. Foi um sábado sumarento nesse aspecto. Ainda no Sol, novo título bombástico:
"O célebre livro de Carolina teve uma versão inicial, em que não constavam os factos do Apito Dourado". Pode lá ser, exclamei eu, alto e bom som. Mas o insuspeito Sol fundamenta a parangona. Existiram duas versões. A 1ª, escrita por Fernanda Freitas, com 99 páginas, comprovadas pela própria escritora no DIAP do Porto, onde entregou a sua pen-drive com o rascunho original, assustada pelos processos de difamação [uma chatice, não é minha cara, uma pessoa ter que provar o que escreve]. Nessa versão só existem duas referências ao polémico processo que tem feito as delícias de detractores e inimigos do FCP. Duas. Uma delas sobre o caso da camisola rasgada e o subsequente pedido de Pinto da Costa a Valentim para poupar Mourinho a um castigo.

A outra versão, a definitiva, teve um surpreendente aumento de páginas, passando as iniciais 99 para as finais 157, num aumento de 7 novos capítulos. Nesta 2ª versão, desaparece surpreendentemente qualquer menção negativa ao Special One, com o grosso da artilharia nos meandros e bastidores do futebol. Estranhamente [ou talvez não], as datas difusas e os factos sem pormenores, da versão original, são substituídos por situações datadas e pormenorizadas, até ao mais infímo detalhe. Tão detalhados que nem combinam com as versões iniciais debitadas por Carolina na PJ, com as contradições a serem inúmeras. Mas a diferença abissal entre uma e outra versão não se fica por aqui. Nos documentos a que o semanário teve acesso, a própria narrativa difere, passando a mensagem, na 2ª versão, a ser mais credível, mercê de alterações na dinâmica da escrita, com a palavra "mouros", até aí ausente, a aparecer amíude [que falta de imaginação, ó Leonor]. Por uma daquelas coincidências inexplicáveis cá no burgo, todos os acontecimentos polémicos narrados são tirados a papel químico dos processos do Apito Dourado, cimentando a ideia de que o segredo de justiça, por estas bandas, é uma expressão coloquial, que não é seguida à regra.

ps: E pronto, em relação às leituras deste fim-de-semana está tudo dito. Ficamos a conhecer os dotes artísticos, ainda pouco conhecidos, mas provavelmente candidatos a um Nobel, da escritora Leonor Pinhão, proprietária de uma mente delirante, mas algo gasta por décadas de ódio. E assim se vai tentando fazer a justiça neste Estado que se diz de direito...

4 comentários:

Anónimo disse...

A verdade não engana: vem sempre ao de cima! Neste caso, quer-me parecer que ainda existirão mais surpresas. A vaca alternadeira já dá o dito por não dito, já mete os pés pelas mãos e ainda nem foi massacrada por um advogado experiente. Ela que continue a gozar as delícias da fama, ao lado do Botelho e da mulherzinha deste, enquanto pode. É que as máscaras estão a cair e a festa não dura muito mais!
Imperdível a edição do Sol.

Anónimo disse...

Mais do que imperdível, deliciosa. Muita gente com as orelhas a arder. Enão era a Leonor k disse k se limitou a uma revisão do livro? K grande revisão: mais 57 páginas e 7 capítulos mostram bem o despudor da "madame". Termino como o MST: TUDO UMA ALDRABICE!

Anónimo disse...

Mas já repararam que o branqueamento já começou, também neste caso? Ninguém fala disso nas TV's, nem nos restantes jornais...
Agora que se começa a desmascarar a aldrabice toda, eles ainda se agarram a estas tentativas inúteis de esconder as verdades...

Anónimo disse...

Todos sabemos que os pasquins amestrados só têm olhos para denegrir o FC Porto.

A corrupção jornalística que referes é por demais evidente.

Cabe-nos a nós defender intransigentemente o nosso clube porque felizmente não temos "correias de transmissão" nem pasquins amestrados para nos iludir.

A verdade é como o azeite...