13 de maio de 2007

Móveis agora, só no IKEA!


Parece ser esta a nossa sina este Campeonato. Sofrer até ao fim! O avanço pontual confortável foi diminuindo até ao limite do sustentável. Se a vitória em Paços de Ferreira, aliada a uma escorregadela do Sporting, daria o título ao Porto, o golo madrugador de Liedson, em Coimbra, começou desde cedo a deitar água na fervura. Como o Paços não "nos abriu as pernas", ao contrário dos últimos adversários leoninos, o Porto sabia que tinha que fazer pela vida. Confesso que para mim foram penosos os minutos, logo após o golo do Paços. Naquele momento, o Sporting era o virtual vencedor da Superliga. E, à medida que o tempo passava e não marcavamos, fiquei com uma intensa sensação de "deja-vu". Parecia um filme similar ao vivido em Leiria. Na cidade do Lis foram 4 bolas a esbarrar nos ferros leirienses, impedindo a colheita de qualquer ponto. Na Capital do Móvel, 3 bolas testaram os limites nervosos até ao desespero. Quando já começava a deixar-me dominar pelo pânico, o golo de Adriano surgiu como um bálsamo redentor. É que não sei se estão a ver, mas EU faço ANOS AMANHÃ. Foi uma prenda mínima a oferecida pelo brasileiro do Porto, mas soube muito bem. Faltam 90 minutos, mas com o empenho posto hoje em campo, e com aquele apoio ilimitado nas bancadas, o título não fugirá!
É que tal conjugação cósmica, como aconteceu nesta jornada, dificilmente acontecerá de novo. Golos madrugadores do Sporting, bolas nos ferros do Paços, que teimosamente não entravam, penaltys perdoados ao Sporting (ah pois, que nisto o Vitor Pereira não dorme), parecia que se uniam para nos fazer perder a liderança. Tiveram azar. Em casa, com o Aves e com o Dragão cheio, a vitória não escapará. Será difícil, sofrida, com mais alguns obstáculos extra-futebol (golos invalidados, como contra o Nacional) mas não conseguirão impedir o nosso grito de CAMPEÕES! Não se esqueçam, os CAMPEÕES moldam-se no sofrimento!
Nota: Tenho a casa quase mobilada. O quase refere-se à mobília para o portista mais novo do clã, o Tomás. Garantidamente, mobília de Paços de Ferreira é que não entra lá no lar. Não é por nada, mas quero é que eles se f#$%m. Não pensem que isto é uma vendetta. Não é. O Paços fez pela vida, lutando pelo melhor resultado. Mas detesto gente que me estraga os prazeres. Tais como os estudantes, que ontem devem ter cabulado. Prefiro enviar os rebentos para a Universidade Independente, do que para Coimbra. Aos estudantes só faltou facilitar ainda mais a tarefa leonina. Mas calculo que, se fosse preciso, também se arranjava qualquer coisita. Deviam era malhar com os cornos na Segunda!


Os + do jogo:
Quaresma - Não fez uma exibição de encher o olho, continuou a abusar das trivelas, complicando o que é fácil, mas esteve nos melhores lances da partida e é dos seus pés que sai a bola de golo.
Bosingwa - Já o tinha referido na crónica do jogo contra o Nacional. Atravessa o melhor momento da época, com uma frescura física invejável. Dono e senhor do corredor direito, espreitou o golo, por duas vezes, em cavalgadas imparáveis.
Adriano - Marcou o golo que pode valer um Campeonato, recolocando o Porto no 1º lugar. Para quem foi colocado no mercado, em Dezembro, tem dado uma resposta cabal a quem duvidou das suas potencialidades. Leva 10 golos.
Pepe e Bruno Alves - O regresso da dupla de betão. Apenas traídos no golo, por um desvio na barreira, foram imperiais nos lances aéreos, não permitindo veleidades aos pacenses. Não se coibem de ir à área adversária, procurando a felicidade.
Adeptos - Claramente, o 12º jogador da equipa. Enfrentando frio, chuva e a queda de granizo, sempre no apoio, mesmo com o Porto em desvantagem. Continuamos a ter uma massa adepta simplesmente única.
Os - do jogo:
Anderson - Depois de ter sido decisivo contra o Nacional, esperava-se mais do génio portista, que passou claramente ao lado do jogo. Alguns bons passes para amostra, não deixando a sua marca no jogo. Substituído, e bem, a meio da 2ª parte.
Postiga - Parece mentira, mas a sua entrada foi importante, acrescentando poder de fogo ao ataque e ajudando a empurrar o Paços para a sua área. Continua divorciado dos golos. Uma bola no poste e uma cabeçada, já nos descontos, podiam ter dado a vitória.
Atitude portista - 1ª parte sem chama, mostrando novamente a postura do jogo com o Boavista. Final do jogo sem o agradecimento aos adeptos que, enfrentando uma intempérie, não desistiram de apoiar a equipa.

FICHA DO JOGO
Liga 2006/07 (29ª jornada – 13 Maio 2007)
Estádio da Mata Real, em Paços de Ferreira
Árbitro: Paulo Paraty (Porto)Assistentes: José Cardinal e João Silva
4º árbitro: Artur Soares Dias
P. FERREIRA: Peçanha; Mangualde, Geraldo, Luís Carlos e Antunes; Paulo Sousa «cap.», Elias e Fahel; Edson, João Paulo e CristianoSubstituições: Cristiano por Renato Queirós (77m) e Edson por Pedrinha (87m)Não utilizados: Coelho, Emerson, Mojica, Tiago Valente e Leanderson
Treinador: José Mota
F.C. PORTO: Helton; Bosingwa, Pepe, Bruno Alves e Fucile; Paulo Assunção, Lucho González «cap.» e Anderson; Lisandro Lopez, Adriano e QuaresmaSubstituições: Paulo Assunção por Jorginho (38m), Lisandro Lopez por Hélder Postiga (54m) e Anderson por Raul Meireles (67m)Não utilizados: Vítor Baía, Ricardo Costa, Vieirinha e Renteria
Treinador: Jesualdo Ferreira
Ao intervalo: 1-0
Marcadores: Antunes (21m) e Adriano (75m)
Disciplina: Cartão amarelo a Pepe (62m)

2 comentários:

Menphis disse...

Vamos a ver se fazemos a festa no Domingo...a fé está cá e tenho a certeza que a iremos fazer,

Bruno Pinto disse...

Paulo, não há dúvida, o FC Porto anda a oscilar demais. Em Paços a coisa esteve preta mas Adriano, cheio de raça no lance do golo, lá nos deu descanso depois do sofrimento. No domingo, o Aves não resistirá ao inferno do Dragão e vamos ser campeões de certeza absoluta. Ah, no básquete o FC Porto ganhou à Ovarense no segundo jogo da final. 1 - 1...