22 de abril de 2007

O colinho continua

O "colinho", que atingiu a sua expressão máxima quando o Benfica pôs fim a um jejum de 11 anos, continua. Nesta recta final da Superliga, quando o desespero começa a tolher a racionalidade, o pudor vai-se perdendo. Depois do golo irregular contra o F.C.Porto, que permitiu um pontinho precioso, seguiu-se a "palhaçada" contra o Beira-Mar. Desde cartões por mostrar, passando por livres inventados, até culminar naquela hilariante penalidade, convertida, com a mestria de sempre por "Simulação" Sabrosa, o Benfica não se pode queixar de falta de apoio. O colinho proporcionado por sucessivas arbitragens, serve para travar a queda na classificação. Antes do derby da 2ª circular, não fosse o diabo tecê-las, Paulo Baptista tratou de alisar o caminho aos comandados de Fernando Santos. Com 0-0 no resultado, penalty descarado e clamoroso de Petit que passa impune. Engraçado como as coisas se processam neste País. Um lance idêntico, na meia-final da Taça, colocou o Braga fora da final do Jamor. Na Madeira, ficaram todos a assobiar para o alto. Não existe mesmo vergonha. Mas se o caro leitor pensava que o livre arbítrio se tinha ficado por aquele lance, desengane-se. Na 2ª parte, já com o Benfica a comandar o resultado, David Luiz puxa ostensivamente um dos jogadores do Marítimo, quando este se isolava. Neste ponto, apetecia ter um daqueles comandos da TV, para carregar no Pause. A acção ficava suspensa e os telespectadores enviariam, por sms, a sua opinião sobre o lance. Aposto que 99,9% (neste número não entram os fundamentalistas encarnados) diria que o árbitro teria que expulsar o defesa encarnado. De tão evidente, nem o advogado de defesa do OJ Simpson salvaria a pele a David Luiz. Finda a votação, o realizador carregaria no Play e apareceria a bolinha encarnada no canto superior esquerdo, tornando impróprio aos menores o restante visionamento. Não só não se marcou livre directo, como David Luiz continuou em campo. Numa espécie de soft-core futebolístico, já perto do final apareceu outra cena de deboche explícito. Corte limpo de Gregory, com Paulo Baptista, cada vez mais candidato a uma águia de ouro, a assinalar a marca da grande penalidade. Os poucos resistentes a tamanha pornografia futebolística, devem ter corado até à raiz dos cabelos. É o que temos mas, ou muito me engano, ou estas "roubalheiras" de nada servirão!

Sem comentários: