8 de janeiro de 2009

Taça da Liga

Porto, 2 - Setúbal, 0
[farías, rabiola e leandro lima(gp)]

Jesualdo arriscou, bastante, mas foi recompensado. A entrada em palco de um Porto depauperado das suas estrelas significa, mais do que poupança ou rotatividade, um claro desinteresse numa competição menor. E isto, para mim, diz tudo.

Seria mais lógico a poupança prudencial de algumas pedras nucleares, mas mantendo a espinha dorsal da equipa, procurando a conquista dos 3 pontos, atendendo a que o jogo da Superliga, no fim-de-semana, se disputa em casa e perante o último classificado da competição.

A poupança radical hoje encetada deveria, na minha óptica, ser apenas adoptada na próxima jornada, antes da deslocação a Braga. Claro que estes pensamentos são liminarmente vencidos pelo resultado. Vitória. 3 pontos. Missão cumprida.

E neste Porto transfigurado houve muitos que, mais uma vez, passaram ao lado do jogo, desperdiçando soberana oportunidade de provarem que são efectivamente alternativas válidas aos titulares.

Num jogo pautado por um futebol insípido, com pouca ligação entre os sectores, esperava-se bem mais de alguns dos nomes mais sonantes do onze inicial. Guarin, Tomas Costa, Pele ou Sapunaru não estiveram à altura dos anseios, se bem que o colombiano ainda tenha tentado, a espaços, dar um ar da sua graça.

Ironicamente, a exibição mais conseguida nos azuis e brancos foi efectuada por um proscrito. Benitez, uma carta aparentemente fora do baralho de opções, conseguiu dinamizar o flanco esquerdo, mostrando sobriedade na abordagem ao encontro, abnegação e entrega na disputa de lances e alguma aptidão para a marcação de livres.

Mariano Gonzalez, outro dos mal-amados do plantel, mas jogador fetiche para Jesualdo, conseguiu cumprir com o estipulado pelo treinador. Foi, jogando mais pelo interior, um dos transportadores de jogo dos Dragões, conseguindo aliar ao empenho demonstrado alguns lances individuais perigosos.

Com Artur Soares Dias, juiz da partida, a procurar animar os espíritos mais enregelados, marcando duas penalidades contra os da casa, acabou por ser Rabiola o herói da noite, numa espécie de redenção depois do calvário das lesões. O ex-vitoriano, servido na perfeição por outro imberbe jovem [Diogo Viana], cabeceou com frieza e classe, desempatando a contenda. Prémio justo a um "puto" com um futuro que se adivinha radioso.

4 comentários:

dragao vila pouca disse...

Ó Paulo colocaste o resultado em 2-0 porque o golo do Setúbal foi marcado por um jogador que é do F.C.Porto, ou foi engano?

Partindo do princípio que a Taça da Liga está em quarto lugar na escala de prioridades e tendo em conta a equipa utilizada, era difícil pedir mais.
Mesmo assim, houveram jogadores de quem esperava mais, esperava que aproveitassem, para mostrar ao treinador, que podem ser opções a ter em conta. Refiro-me ao Candeias, mas também ao Sapunaru -tem a desculpa de ter vindo de uma lesão e de ter estado parado muito tempo -, ao T.Costa, Benítez, Farías e aquele que foi a grande desilusão -esperava, tendo em conta os últimos jogos, muito mais -, F.Guarín.
Os miúdos aproveitaram bem, mas ainda é cedo para grandes conclusões e não gostei de ver já no Jogo um grande destaque ao D.Viana. Calma, muita calma, pois muitas vezes é assim que se perdem jogadores.
Um abraço

dragao vila pouca disse...

Última hora:
segundo A Bola online o empresário António Araújo e Cissokho estão reunidos com o presidente do V.de Setúbal, para tratarem do ingresso do lateral sadino no F.C.Porto.
Do F.C.Porto irão para a cidade do Sado e emprestados, Candeias e Nuno Coelho que está no Portimonense.
Acho que é capaz de ser verdade.
Reservo a minha opinião sobre o assunto, para mais tarde.

Um abraço

Sérgio de Oliveira disse...

Gostei essencialmente do apoio constante e inequívoco dado à equipa !



Abraço

PS:O lacobrigense possui "pedigree".

Anónimo disse...

“Os investimentos na arbitragem e nalguma comunicação social começam a dar frutos. Verdadeira vergonha aquilo que se passou na Luz e desta vez está demonstrado perante a evidência. E não há desculpas do trio de arbitragem que tem altas responsabilidades”.

Paulo Abreu Grupo Stromp no record