29 de fevereiro de 2008

Boa Vista...para o título!

Antevisão do derby tripeiro, por Bruno Rocha...

"Apesar da fase adiantada da época os Dragões e o seu “mestre” têm levado a água ao seu moinho no que ao encurtar de distâncias para o consumar dos objectivos traçados diz respeito, exponencia-se a expectativa face a eliminatória da liga milionária e com exibição “qb” os azuis e brancos agora militantes da gestão da preguiça qualificaram-se para as meias finais da Taça de Portugal onde apesar de o adversário competir em divisão inferior foi por momentos um Galo de crista bem alta.

Em jornada de derbies, só no Bessa há olho para o título. Consolidada a liderança na Bwin, fruto do desperdício pontual rival, mas resultado da tão apanagiada competência e congruente qualidade futebolística patenteada nos relvados Lusos. Com os azuis e brancos em cruise control para o Tri, as voltas à rotunda na Boavista são propicias a despistes e derrapagens. Ainda com a memória bem fresca do que foi a visita a tal reduto na transacta época, mais que o ensejo pelos 3 pontos, refuto por completo viver o sentimento depressivo causado pelo vexame então passado e com o Bi campeonato ali tão perto.

Os axadrezados a viverem nova época tumultuosa em termos directivos com evidentes reflexos na sua performance desportiva, têm contudo feito pela vida e no covil da pantera são apesar de tudo um adversário sempre de temer, não que o seu futebol seja um primor alias continuam a fazer da agressividade e do espírito de combate o seu cartão de visita, bem do agrado do pouco subserviente Pacheco. O mercado de inverno trouxe aos do Bessa alguma maior consistência e alguns reforços capazes de garantirem uma 2ª volta mais próxima e a altura dos pergaminhos das camisolas outrora apelidadas de esquisitas.

Expoente máximo individual do seu futebol Jorge Ribeiro, joga a dez, a médio interior esquerdo e até na defensiva pelo mesmo flanco é sem dúvida o playmaker do Bessa e aquele que mais temo, resultado do virtuosismo inapelável do seu pé esquerdo, exímio marcador de bolas paradas, os seu livres são autênticos mísseis teleguiados quando não são indefectíveis assistências para golo. São bravas as panteras e sabe-se como as equipas orientadas por J.Pacheco gostam destes jogos, habituados a bater o pé aos grandes, o embate frente ao arqui-rival citadino da Invicta, tem todos os condimentos para não fugir á regra de todas as estórias destes derbies.

Será um jogo de luta que estou convicto se decidirá não nos pormenores como é costume, mas na capacidade guerreira dos nossos artistas da zona intermediária e a capacidade audaz de remeter-mos os boavisteiros a tarefas primordialmente defensivas sem descurar nunca a velocidade de alguns dos interpretes adversários capazes de nos causar mossa em alguma táctica de futebol directo. Outro factor capaz de equilibrar a contenda será o Sr. do apito, um juiz de critério largo, benevolente e beneplácito no distinguir da agressividade e virilidade posta no relvado, fará os da casa sentirem-se como peixe na água, socorrendo-se assim de inúmeros subterfúgios para pararem a dinâmica ofensiva Azul.

Considero que depois da derrota na época anterior, Jesualdo tem obrigatoriedade de fazer mais e melhor, com a equipa no pleno das suas faculdades as escolhas pecam por difíceis em virtude do aumento de competitividade interna, na frente só Lisandro tem lugar assegurado, de resto Quaresma, Tarik e Farias lutam pelos restantes lugares do tridente isto se o mister não nos brindar com novo devaneio táctico ou agilizar nova poupança e rotatividade abrindo-se desta forma espaço a um retemperado Mariano. Se pelo centro do terreno Lucho goza do privilégio de estar na melhor forma desde que chegou ao Dragão, a Meireles e P. Assunção pede-se que não se escusem a embate algum pois será nessa nevrálgica zona que tudo terá principio e fim. Com Bosingwa a mostrar completa recuperação, subsiste a dúvida Fucile (atravessar um período de menor fulgor exibicional), recuperará a titularidade agora na esquerda???...

Em resumo, só um Porto ao seu melhor nível capaz de jogar a toda a largura do campo, tenaz da defesa da sua baliza passará incólume nesta visita curta mas capaz de fartos amargos de boca, tem também neste embate um óptimo teste ao avaliar de capacidades para o jogo da Champions e porque não assim deixar nas entre linhas um sério aviso aos bávaros sobre aquilo que é o nosso poderio.

Diz o ditado olho aberto e pé ligeiro, eu acrescento o resto do campeonato será um passeio.

Bruno Rocha"

3 comentários:

Anónimo disse...

O Centralismo e o Futebol Clube do Porto

Por incrível que pareça, foi também por causa da clubite centralista que se acentuou o fosse assimétrico entre Porto e Lisboa. É fundamental que se entenda isto, para nos ajudar a compreender outros "fenómenos" contemporâneos, como a corrupção desportiva e toda a sorte de polémicas, principalmente em redor do Futebol Clube do Porto e do seu Presidente.

Desagrada-me reconhecê-lo (porque também nasci aqui), mas os portugueses,talvez pela sua condição de país periférico, têem uma enorme dificuldade intelectual em aceitar o sucesso dos outros, compensando esse endémico complexo com mitos e má língua. É assim.

Mas isto, não pode ser confundido com o direito legítimo dos cidadãos à critica, quando tal se justifica. Nesse sentido, não é honesto negarmo-nos a nós mesmos esse parco direito, vis à vis o rumo desastroso que Portugal tem seguido.

Tendo recebido muitos subsídios, inerentes à adesão comunitária europeia, Portugal desbaratou (vá-se lá saber por quê...) tantos outros, realizando pelo caminho -obrigatoriamente - algumas obras públicas, mas na realidade nunca conseguiu, mesmo assim, produzir riqueza bastante com reflexos na qualidade de vida da população de forma equitativa e desconcentrada.

E é com base nestes factos que deve ser feita uma avaliação honesta sobre a realidade nacional. Portanto, não é correcto, a pretexto das auto-estradas (muitas delas mal concebidas e depois reconstruídas), das Expos e de outros empreendimentos do género, consolarmo-nos com esses " rebuçados", porque isso, era o mínimo que se podia fazer. Enfim, a União Europeia exigia contrapartidas justificativas para nos financiar, e como é óbvio, algo teria de ser feito.

Foi mais ou menos neste período, entre o pós 25 de Abril de 1974 e a adesão à Comunidade Europeia até aos dias de hoje, que o Porto, e o Norte em geral, se degradaram económica e socialmente, que emergiu uma instituição desportiva a remar contra essa corrente depressiva, chamada Futebol Clube do Porto e o seu mentor, Jorge Nuno Pinto da Costa.
A ascensão do clube da cidade Invicta foi-se tornando avassaladora, com êxitos nacionais e internacionais, mas rapidamente provocou mal estar na capital e particularmente no Benfica, clube até então habituado a ganhar quase tudo e a beneficiar de todo o tipo de apoios pelo anterior regime. Contudo, com a democracia nada se alterou na arbitrariedade de processos, e a desigualdade de tratamento até se acentuou nos últimos anos.

Impotentes para superar, pelas vias legais e competentes (campeonatos), o adversário nortenho, o regime centralista não se coibiu de promover todo o tipo de esquemas e cabalas para afectar o Futebol Clube do Porto. De programas televisivos (Os Donos da Bola, da SIC), onde participavam
indíviduos contratados para denegrir a imagem do clube, até à rádio e aos jornais desportivos, tudo foi feito para destruir o (sucesso do) clube.

Hoje, a campanha persecutória adensou-se ainda mais, com a invenção do "Processo Apito Dourado" cujo objectivo principal é, como toda agente já percebeu, a incriminação de Pinto da Costa, a todo o custo, embora travestido de regenerador de ética e transparência desportiva...

O senhor Procurador Geral da República, parece desorientado. De tal modo, que é ele próprio a dar sinais de vulnerabilidade com a aparente arbitrariedade das suas decisões. Na dúvida, transmite sistematicamente a confiança às equipas de investigação lisboetas, denegrindo por consequência, e sem nada que o justifique, a imagem dos seus pares portuenses.

Ninguém percebe, sem assombro nem suspeita, como é que, imediatamente após a demissão do Director da PJ Porto e posterior nomeação de um outro, sejamos logo bombardeados pelos media com a notícia de que este último levanta suspeitas à equipa de investigação lisboeta, por alegadamente, ter simpatias clubísticas com o Futebol Clube do Porto.

Tudo isto parece surreal, tudo isto parece uma brincadeira de crianças.

Por muito menos, os media centralistas arrasaram com a reputação dos antigos procuradores gerais. Tanto Cunha Rodrigues como Souto Moura não foram poupados à lupa impiedosa dos jornais e televisões.

Neste caso, o sistema pendura-se às cavalitas da comunicação social, e não faz mais do que branquear e apoiar as prestações medíocres do actual Procurador, e isso, cada vez se parece mais com uma cereja em cima do bolo anafado do Centralismo.

Resumindo: a fita tem de começar a ser lida ao contrário. Há pois que meditar muito bem, no quê e quem, urge de facto investigar.



(Por Rui Valente no blogue "http://renovaroporto.blogspot.com/" em 25-02-o8

dragao vila pouca disse...

Só um Dragão de chama viva pode ganhar no Bessa.Como vou lá, espero que não aconteça o que aconteceu na época passada em que fizemos um péssimo jogo e perdemos.
Um abraço

Dragaopentacampeao disse...

Jesualdo e seus comandados saberão responder às exigências que os esperam.

Estou confiante numa boa performance e na vitória.

O Tri ficará assim ainda mais perto.

Palavra de Dragão!