12 de janeiro de 2008

Melhor o argumento...que a Solução!

Finalmente, após uns tempos de ausência, o Bruno Rocha da um ar da sua graça. Fica aqui a antevisão do próximo jogo dos Dragões e a dissecação táctica dos azuis e brancos...


"Longos dias os que me detiveram a escrita e o convívio com a realidade bloguista do MundoAzuleBranco, um interregno casuístico mas um hiato temporal que quase conferiu o reacenderem da luta pelo título, e onde só as conjugações astrais do ano bissexto alienou por ora as depauperadas esperanças dos eternos perseguidores.

Incessantes os pasquins cá do burgo, escudados nos habitué guionistas de serviço mas incapazes de esmorecer a Saga Azul na Bwin, e obstar aos argumentistas da Anatomia do Tri.

Contam-se 15 episódios rodados desta 3ª temporada e paira no ar ameaça de que o que resta rodar da serie não encerre qualquer tipo de motivação ou seja capaz de prender atenção das audiências.

Para tal procuram-se alternativas, enquanto não chega a sequela “Primavera da 2ª Circular” bem ao jeito de Liga Intercalar, chega da capital 2 mini-séries “O Grego e o Bom Gigante”, e o “Monólogo de Campeões” onde Pedro Silva e Vukecvic são cabeça de cartaz.

Contudo a norte nem tudo é ouro sobre azul, e o guionista Jesualdo apostado em não reeditar cenas passadas procura as melhores soluções para o prémio de melhor argumento. Só que a bem da verdade a temporada tem mostrado alguns erros de casting e apesar da mole Azul e branca ansiar sempre pelas cenas dos próximos capítulos, foram escassos os episódios em que fiquei com água na boca. Certo e sabido que este elenco arrecada a nível interno as melhores menções, que conta no seu seio com artistas de nomeada e que granjeiam voos mais altos alem fronteiras, mas amputados destes as soluções são falhas e minimalistas.

O que se segue no guião???... Arsenalistas bem armados táctica e tecnicamente a viverem em águas bem menos revoltas, incapazes de encarreirar num sucedâneo de vitórias mas pouco dados a vassalagem e à derrota, contam nas suas fileiras alguns bons intérpretes de todos os capítulos do jogo, comandados por um Machado filosófico mas também ele argumentista de craveira em muitos capítulos do nosso futebol. Destaque para um Austríaco com faro pelo golo, onde uma nesga de oportunidade redunda quase sempre em amargos de boca. No início da temporada foi Quaresma o senhor dos efeitos especiais, a dinamitar as pedras no sapato do Dragão e a amansar os então “Bichos”.

A critica foi unânime e o retomar do campeonato frente aos da Figueira não deixa saudades, exibição sem agressividade na zona intermédia com sucessivas falhas nas transições ofensivas, em dia de Reis, Meireles foi o do golo, Lisandro e Assunção foram-no na abnegação e luta, salvou-se o triunfo saboroso mas mirrado do score final.

Confesso que depois de o mágico do Magreb ter sido resgatado para nova saga de “ÁfriCA(N) Minha ”, (teimam em roubar os diamantes negros que os clubes vão polindo), adensam-se as dúvidas sobre o melhor substituto, pela amostra das muitas possibilidades fico apreensivo… fetiche Mariano e Leandrinho mais parecem ter sido contratados a serie “LOST”, tal a dificuldade de se encontrarem com a bola e os caminhos do bom futebol. Invectivar sobre possíveis mudanças tácticas de premeio ao 4*4*2, que nada de bom tem trazido aos Dragões… as soluções para levar o argumento a bom porto escasseiam e as que se perfilam são más. Perfeito, perfeito era optar pelo “Back to the Future” dos nossos emprestados bem a tempo de integrarem o projecto 611, só assim de repente Vieirinha e H. Barbosa ou até um Pitbull do Sado.

Se para lá do Atlântico continua a greve dos argumentistas das séries que nos entram pela casa adentro, nós por cá temos greve aos bons espectáculos e aos golos, e se não queremos ter de novo um Dragão “Na Corda Bamba”, contra os bracarenses é bom que os artíficies do futebol Azul se deixem de passeio na passadeira vermelha, pois estão mais que avisados para os efeitos laxantes do próprio relaxamento (dá mesmo merda…essa atitude). Se o guião vai ou não ser respeitado e levado a letra não sei, mas os melhores interpretes a subir sábado ao palco do anfiteatro Azul e branco Helton, Bosingwa, B.Alves, P. Emanuel (Cap.), Fucile, P. Assunção, R. Meireles, Lucho, Quaresma, Adriano e Lisandro, o ensaio deste onze não mostrou grandes feitos na pretérita jornada quando chamado acção. Diz-se nos meandros do espectáculo que a um mau ensaio se segue uma boa estreia, pois que tal desígnio se cumpra e se evitem os chamados Golpes de Teatro.

Bruno Rocha"

2 comentários:

Anónimo disse...

Só tenho medo do artista nomeado para o jogo. Esse Pedro Proença de má memória para nós. O Mourinho que o diga.

Bruno Pinto disse...

Este é um jogo para ganhar, para fazer uma boa exibição e provar que as férias natalícias não causaram qualquer dano no rendimento e confiança da equipa. Apesar do jogo cinzento frente ao Naval (mesmo assim ganhámos), estou seguro que a equipa não vai começar agora a baixar de forma. Não concordo com os assobios dirigidos à equipa nesse jogo, mas o facto de eles acontecerem numa altura em que estamos na frente com 9 pontos de avanço, diz bem do grau de exigência dos adeptos portistas, que só existe porque o clube nos tem habituado às vitórias.
Para hoje, não tenho bem a certeza da melhor opção no ataque: Mariano ou Adriano. Por um lado talvez apostasse em Adriano, pois o Mariano continua a não mostrar nada. Mas por outro, não sei se tirar Lisandro do centro nesta altura será a melhor opção (e eu que sempre o defendi na ala...). Qualquer das duas opções me parece credível. O que mais importa é a vitória, contra uma equipa que, é bom não esquecer, também é muito forte.