Pois. Hoje é dia de festa. Pelo menos para Pinto da Costa. 70 Primaveras já se passaram, quando soprar no festivo bolo de aniversário.
Presidente e clube confundem-se. Os adeptos não sabem onde começa um e termina o outro, porque reconhecem a importância de Pinto da Costa na construção do F. C. Porto como um emblema de hegemonia nacional e internacional. O mítico presidente, provavelmente o líder mais marcante da história do futebol português, faz hoje 70 anos.
Nasceu a 28 de Dezembro de 1937, liturgicamente o dia dos Santos Inocentes.É um número redondo, num ano em que completou um quarto de século à frente do clube, 25 anos que se traduzem em 44 troféus e algumas façanhas.
Entre ela, o Pentacampeonato, a Supertaça Europeia e as duas Taças Intercontinentais são feitos nacionais exclusivos do dragão. Um legado simbólico e de que nem todos os grandes emblemas europeus se podem gabar.
Nunca nenhum presidente do futebol luso venceu tanto como ele, nem Borges Coutinho que ganhou seis campeonatos e três Taças de Portugal, no Benfica (anos 60); nem António José Ribeiro Ferreira que conquistou seis campeonatos e duas Taças, no Sporting (anos 40/50). Na Europa futebolística, o panorama é semelhante. Dos que estão no activo, Sílvio Berlusconi é dos poucos que lhe faz frente, com 26 títulos conquistados e construiu o Milan como uma escola de sucesso. Em termos históricos, o nome de Pinto da Costa também se compara ao inesquecível presidente do Real Madrid, Santiago Bernabéu, que arrecadou 16 títulos nacionais, seis Taças do Rei, seis Taças dos Campeões Europeus e uma Intecontinental, em 38 anos de liderança - até pela longevidade há um paralelo.
Isso também significa que se o F. C. Porto se sagrar campeão esta época, o presidente portista iguala a façanha de Bernabéu com a conquista de 16 campeonatos.O líder azul e branco pertence a uma casta de dirigentes que subiu os degraus do clube pela força da paixão- esteve no hóquei em patins, no boxe, nas modalidades amadoras e também foi chefe do departamento de futebol. É uma epopeia que começa em 1962 e ganha força em 1982 com a presidência. E, para todos os efeitos, ainda não terminou...
Como momentos altos, para além dos já destacados, foram datas marcantes a conquista, em Viena, da 1ª Taça dos Campeões Europeus, levando o clube para outro patamar desportivo. A Taça UEFA, em Sevilha, pelo relançamento europeu de que se revestiu. E quem não se lembra das imagens de sofrimento de Pinto da Costa, no camarote, naqueles enervantes minutos finais dessa memorável tarde/noite?
2004 assinalou nova onda de conquistas, com Gelsenkirchen a entrar, por direito próprio, para o léxico dos adeptos portistas. Foi lá, naquela longínqua e impronunciável cidade alemã, que o Porto ergueu nova Liga dos Campeões. Apenas mais uma. Muitas outras, estou certo, se seguirão.
Da minha parte, só me resta um singelo agradecimento, mas feito do emoção, pelo acompanhamento do quotidiano portista nas últimas três décadas: um MUITO OBRIGADO e que venham mais 70!
2 comentários:
Um dos melhores dirigentes desportivos de sempre. Palavras para quê? Ele é o principal responsável das grandes alegrias que o FC Porto nos tem proporcionado.
Um bom final de 2007 e um bom ano de 2008 são os meus sinceros desejos para ti e teus familiares.
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