16 de julho de 2007

Resposta à Dragão

António Tavares Telles mostra de que massa é feito. Responde com contundência aos jornalistas que, apesar das provas que demonstram que andaram a viajar à custa do Benfica, tendem a desmentir isso, propagandeando uma credibilidade que estão longe de ter. Os ditos cujos são dois dos mais acérrimos inimigos do FC Porto. Leonor Pinhão, a obreira do livro da vaca Carolina, e João Querido Manha. O nível de argumentação sustentado por ambos é do mais básico possível, chegando inclusivé a utilizar linguagem insultuosa. Mas, digo eu, vindo deles, nada mais seria de esperar...

Aqui fica a crónica

"por ANTÓNIO TAVARES-TELES

Legenda: Factura A tal viagem ao Luxemburgo e a Bruxelas

1. Em finais de Abril, no jornal “Benfica”, Alberto Miguéns decidiu comentar a escuta (publicada no “Correio da Manhã) de um telefonema entre Pinto da Costa e Antero Henrique no qual foi citada uma notícia que O PATO iria publicar no dia seguinte a respeito do caso-Deco e da bota que atirou a Paulo Paraty no decorrer de um jogo Boavista-FC Porto. Nessa notícia, O PATO dizia que o referido Deco “(parecia) estar na disposição de pedir escusa da Selecção Nacional, pelo menos enquanto a dita Comissão Disciplinar da Liga não se retractasse daquilo que ele considerava ser um atentado ao seu nome”. Essa informação foi prestada – tal como o especifiquei – por uma fonte fidedigna, como aliás o são as fontes d'O PATO, que adiantou de resto, em resposta a Miguéns: “O PATO confia nas suas fontes, tão fidedignas que os desmentidos ao que escreve praticamente não existem nem nunca existiram, o que é aquilo que sempre fez e faz, aliás com enorme desagrado para muita gente, que no entanto se mantém muda e queda. Se o que publicou ou publica pode ajudar ou desajudar alguém, desde que seja verdade, é matéria com que não se preocupa. Nem pode preocupar. Agora, uma coisa não admite: que um senhor de seu nome Alberto Miguéns escreva o que escreveu no jornal ‘Benfica’. O seguinte: ‘Depois de lermos algumas escutas no “CM”, ficámos elucidados. O PATO de ATT não passa de um daqueles bonecos de pau manietados (ele deve ter querido escrever manipulados, mas enfim…) por um ventríloquo’. Ora, a esse senhor, O PATO (ou ATT) diz apenas: por causa de um paleio como esse, ou desse tipo, já pôs o presidente do Benfica em tribunal. Veja pois se quer segui-lhe as pisadas”.

2. Ora bem, foi com isto que, num artigo n’ “A Bola”, Leonor Pinhão quis não só defender o “jornalista íntegro” (a qualificação é dela) João Manha, como atacar-me, chamando-me (embora indirectamente, e depois de um longo circunlóquio) “labrego”. Para em seguida – e desta vez procurando através de um artifício contestar aquilo que a autora do livro de Carolina Salgado (Fernanda Freitas) a respeito dela sugeriu ou mesmo adiantou (que seria ela a autora das alterações ao seu texto inicial desse livro) – afirmar que “nunca (foi) autora moral, nem material, nem cúmplice, nem pau-mandado de “chantagens fantásticas’”.

3. Quanto ao “labrego”: eu poderia obviamente responder-lhe dizendo que labrego é o… ou labrega a …. dela. Mas não digo. Embora não possa chamar-lhe o nome que me apetece porque, ao que parece, segundo o nosso código penal, certos qualificativos, mesmo se conformes à realidade, são considerados caluniosos, e por isso puníveis. Por exemplo: o empresário Manuel Barbosa chamou um dia “vigarista” a Vale e Azevedo (aquele grande presidente do Benfica que Leonor Pinhão, e não só ela de resto, tanto enalteceu) e condenaram-no por isso! Pelo que…

4. Quanto ao “pau-mandado” (de Pinto da Costa, presumo): pois bem, não só estive durante anos (oito ou nove, creio) de relações cortadas com ele, como há três anos que não lhe falo. Ou por outra: falei-lhe há dias, a comunicar-lhe que iria colocá-lo como testemunha no processo que movi ao presidente do Benfica. Mas falei como ele tal como falei com diversas outras pessoas, e algumas delas muito benfiquistas. Mais nada. Trato-o por tu, é verdade. Mas nunca ele entrou em minha casa nem eu na dele, nem sequer tomámos alguma vez uma refeição em particular, e raríssimas socialmente.Sendo que, no que diz respeito ao meu portismo, não faço dele nem uma droga, nem uma justificação para seja o que for, incluindo acções contra outros portistas (não sou conspirador nem mantenho lóbis), e muito menos organizo campanhas denegridoras de gente séria para defender a parte do meu clube que circunstancialmente me possa interessar. Nem escrevo para jornais ao mesmo tempo que faço campanhas por um candidato à presidência do meu clube – Vieira - e trabalho na sua (do clube) comunicação a troco de 7.500 euros (1.500 contos)/mês, tal como Leonor Pinhão trabalhou no Benfica, até que o mesmo Vieira (que desde aí passou a atacar) a trocou por Cunha Vaz.

5. Quanto a Manha: já dei indicação expressa ao meu advogado para lhe instaurar um processo (pelas cobardes e manhosas insinuações caluniosas que me fez), processo esse de que terá notícias em breve. Pelo que – repito – espero que se vá preparando. Porque terá de provar quem é que não gosta “de pagar o seu sustento”, quem é que é “amanuense de Pinto da Costa”, quem é que “escreve sob pseudónimos”, etc. etc. etc. Sendo que gostaria também que ele me explicasse por que razão a viagem de Calheiros ao Brasil é por ele (e por Leonor Pinhão, etc. etc.) considerada um crime, e aquela de que eles beneficiaram (ao Luxemburgo e a Bruxelas) da parte do Benfica não o é. Isto, quando o mesmo Manha escreve que, ao afirmar que Leonor Pinhão aceitou uma viagem paga pelo Benfica, Pinto da Costa “tirou do saco das arremetidas desprezíveis uma gravíssima acusação”. E as que ela e Manha fazem não o são? Para utilizar uma palavra que pelo visto lhe é (a ele, Manha) cara, e que ele utilizou (de longe é claro) a respeito de Valentim Loureiro, só posso dizer: este Manha é divinal!

6. Mas Leonor Pinhão acrescenta – ainda a respeito do atrás citado caso-Deco – que “o presidente dos árbitros garantiu ao presidente do FC Porto que o árbitro Paulo Paraty ‘não vai utilizar agressão’ no relatório do jogo (Boavista-FC Porto)”. O que pressupõe evidentemente uma interferência desse presidente dos árbitros numa matéria que não é a dele, pressão sobre Paulo Paraty, aceitação por parte dessa pressão, e por aí fora. Embora se trate de uma falsidade de uma ponta à outra: Paraty escreveu o seu relatório a seguir ao jogo, mandou-o como se deve por fax e nunca mais lhe tocou. É só Leonor Pinhão ligar a esse árbitro, para ficar a saber que é assim. Isto, se ele lhe atender o telefone…

7. A terminar: já agora, fico à espera de ver aquilo que Leonor Pinhão e João Manha vão escrever a respeito das afirmações de Luís Filipe Vieira a Judite de Sousa, segundo as quais a Liga lhe prometeu levar a análise do processo do Apito Dourado até às últimas consequências, o terá informado (só pode ser a Liga quem o fez) de que para a semana haverá grandes novidades nessa matéria, e que na próxima terça-feira será recebido, em companhia do presidente da Comissão Disciplinar da Liga e do presidente do Conselho de Justiça da Federação, pelo presidente desta última. Olha se fosse Pinto da Costa a dizer uma coisa destas, que pressupõe, esta sim, um intolerável tráfico, ou pelo menos tentativa de tráfico de influência!... Para já não falar no absoluto silêncio que, da parte das autoridades, continua a subsistir relativamente às escutas que implicam o presidente benfiquista. Uma coisa é certa: vou ficar atento, para ver como é.

Mas até para a semana."

ps: Mai nada! Assim é que é. Tudo para tribunal, para não se armarem em espertos. Neste País de brandos costumes, onde pelos vistos está tudo habituado a prestar vassalagem ao Benfica e seus correlegionários, é bom ver que alguém os tem no sítio. E, diga-se em abono da verdade, já era mais do que tempo de alguém dar uma lição a esses dois. Caíram as máscaras e a dicotomia está convenientemente traçada. De um lado os que nos querem destruir, do outro nós, o clã azul e branco. Eles que venham...

9 comentários:

Anónimo disse...

Como dizes, mai nada!
Gosto deles assim, os nossos defensores na imprensa. Contundentes, sem fazer prisioneiros. Quer dizer, esses dois merdas podem fazer e escrever o que querem, sobre quem querem, e acham-se intocáveis. Quando é demonstrado que eles, como toda a gente calculava, são assalariados do slb, com viagens pagas, armam-se me virgens púdicas.
Boa António Tavares Telles, desmascara esse jornalismo de caca, feito de conluios.

Anónimo disse...

Existe outro ponto, ja muito debatido aqui e noutros blogs portistas, que agora, pela primeira vez (que eu tenha lido, pelo menos) é escrita: porque é que a sociedade em geral continua a fingir que nada se passa em relação às escutas do Orelhas?

Pois, ninguém se interessa.

Paulo Pereira disse...

Jorge, não é verdade que esse assunto não tenha sido aflorado na imprensa. Aliás, foi e várias vezes. Pelo MST e pelo próprio ATT. Claro que, se calhar, estavas a referir-te aqueles que se intitulam jornalistas. Pois, esses, que escrevem na imprensa desportiva e dita séria, estão esquecidos do que é o código deontologico, que juraram respeitar.
Mas quem sabe, se calhar também têm umas viagens pagas, como o Manha e a Leonor. Assim se controla a imprensa. Junte-se isto às escutas conhecidas, apanhadas por escutas a terceiros, e fica-se com uma ideia do polvo que isto será.

O que é espantoso é que ainda se queixam...

Anónimo disse...

Contundente. No mínimo. Mas respondeu como devia a quem o apelidou de labrego. O que é que a vaca da Leonor Pinhão fez alguma vez na vida para se arvorar em eticamente superior a alguém? Habituada a lançar atoardas sobre tudo o que lhe apetece, agora prova do próprio remédio. Ai andavas a passear à pala do teu clube?
Já estou como o ATT. Labrego é o...dela. Aliás, eu trato os bois pelo nome. Labrego era o pai dela. Felizmente, já foi desta para melhor.

Anónimo disse...

O ponto 7 sim é sublime. Por ali se vê quem controla o quê cá em Portugal. E ainda falam em tráfico de influencias? O Orelhas deve ser o k tem a nota mais elevada do curso, nesse aspecto. Manda e desmanda, como se isto fosse um feudo dele.

Anónimo disse...

Isto vai dar molho. Ai vai vai:)

Bruno Pinto disse...

A Leonor Pinhão é a personagem mais insuportável do universo encarnado, mais ainda que LFV ou Veiga! Não pachorra para os seus escritos. Sempre gostei do ATT e, depois desta, subiu imensos pontos na minha consideração. Este ruído de fundo sulista tem de acabar!!

Anónimo disse...

"Tudo para tribunal..."
Mas de nada servirá infelizmente... são as famosas "conquistas de Abril", em que todos podem dizer o querem, vá-se lá tocar na tão sagrada "Liberdade de Expressão", mesmo que a Expressão seja uma imundice ou uma barbaridade qualquer... Porque neste país que eu não quero "qualificar", enquanto não se iniciarem movimentos políticos regionais e regionalistas, enquanto não se fizer alguma coisa concreta para a descentralização, enquanto não se tirar a "têta" a Lisboa, tudo ficará na mesma, controlado pelos imensos e variados Lobbies da capital.

Anónimo disse...

Gostei dessa;" contra tudo e contra todos" os portistas não vão nunca baixar a guarda!
Porque de uma guerra se trata, onde poderosos interesses relativos "ao mais grande" e a todos os parasitas que gravitam à volta desse clube de rassabiados.
Essa leonor e mais o marinconço do botelho estão à cabeça da corja que mamou e sugou o país durante 50 anos.
O botelho, realizador mediocre disse ao correio da manhã; que "esteve num café do porto onde pára essa gente e que lhe rosnaram" não deve ter sido no porto mas, nalguma casa de passe acompanhado pela caró, porque se fosse aqui no porto ( como diz o Eça) levava era umas bengaladas!