1 de julho de 2007

E agora?

Esta notícia pouco ou nada vem acrescentar a quem já está instruída superiormente para perseguir quem se sabe. Mas sempre tem um efeito reconfortante. Para além disso, só vem comprovar aquilo que à muito tempo se comentava, aqui na blogosfera. O livro da alternadeira foi encomendado, preparado cirurgicamente, capítulo a capítulo, de forma a provocar mossa. Junta-se à equação uma mulher amarga, desprezada no campo sentimental com algumas personalidades que devotam um ódio visceral ao FCP e temos um best-seller potencial. Às informações de alcova, trazidas por uma aliada caída do céu, somam-se as inúmeras fugas de informações, semanalmente a dar conta do progresso da investigação. Depois disso, o trabalho de sapa estava feito. Bastava encontrar uma figurinha decorativa, que soubesse um pouco da língua portuguesa e colocasse os acentos nos locais correctos. Encontra-se uma editora disposta a ganhar uns cobres com um livro polémico - "mera coincidência" que tenha sido a D.Quixote, para onde Leonor Pinhão presta serviços de tradução - e está armada a cilada.

Neste ponto, apesar do meu portismo fundamentalista, tenho que dar os parabéns a quem engendrou o cenário. Parece um daqueles filmes americanos, com uns planos mirabolantes que acabam sempre por dar certo. Foi preciso muita articulação, muita preparação prévia e, sobretudo, muito ÓDIO ao Porto. E é esta parte que me faz feliz. Apesar da artilharia pesada contra nós, só o simples facto de saber que as nossas vitórias - e têm sido tantas - provocam tanta infelicidade a alguns, tanta azia a digeri-las e tanta maquinação só para nos destruir, faz-me contente.

É uma encruzilhada na investigação do "Apito Dourado". Apesar do aparente alheamento da maior parte da imprensa e restante comunicação social, estas notícias vão-se sabendo. Pode ser num rodapé televisivo, numas curtas linhas junto da necrologia de um qualquer jornal, mas vão aparecendo indícios claros da falta de isenção da investigação. Se, em relação às escutas telefónicas, estamos conversados, pois só são escolhidas criteriosamente as que interessam, votando outras mais graves para o limbo do esquecimento, agora que a "testemunha credível", como lhe chamou a procuradora adjunta, é posta em causa por quem escreveu o livro, o que fará a investigação? Quando a escritora do livro diz, taxativamente, que Carolina agiu por vingança e despeito nas declarações prestadas, tendo assumido, inclusivé a autoria da ordem de agressão a Ricardo Bexiga, não seria normal, num País de direito, a abertura imediata de um inquérito para aferir a veracidade de tais comportamentos? Ou vão continuar todos a assobiar para o alto, esperando que também isto caia no esquecimento?

11 comentários:

Maria Lucia disse...

Não tenha dúvida que isso também cairá no esquecimento, como lamentavelmente tudo acaba...

Anónimo disse...

É como a história do algodão, no anuncio publicitário. A verdade vem sempre à tona. Neste caso, estas histórias já se sabiam, porque ninguém dos que engendrou a tramóia teve sequer o pudor de não aparecer. Leonor Pinhão e Cª pavonearam-se com a vaca, em locais da noite, sabendo que o plano deles estava a dar certo. Mas, como em tudo na vida, também existe o reverso da medalha. E, quando tudo isto for desmontado, peça por peça, é que quero ver a cara deles!

Anónimo disse...

Tenho a leve impressão que a alternadeira se irá lixar à grande e depois é k quero ver por onde andam esses amiguinhos dela. As declarações da escritora - que por mim levava já também com um processo em tribunal - começam a desmontar a teia de interesses que esteve por trás da realização do livro. A "amiga" Leonor Pinhão, para além de ser feia k nem um bode, deve andar seca por dentro, tamanho é o ódio k destila contra o Porto. Mas, nestas coisas, nós somos imortais, não nos abatem. O paizinho dela, o execrável Carlos Pinhão, fodeu-se (bem dito seja Deus)e já foi desta para melhor. O mesmo há-de acontecer à filha.

Anónimo disse...

É, para já, uma pirrica vitória, mas é assim que se começa a escrevr direito, mesmo que por linhas tortas. Como bem dizes, Paulo, a investigação, sempre com o dedo apontado a quem nós sabemos, chega agora a uma encruzilhada. Não que eu tenha dúvidas de que as coisas continuarão como até aqui, só que agora essa perseguição, essa falta de vergonha, começa já a ser notória, e não só aos olhos dos adeptos portistas.

Anónimo disse...

Paulo, tudo isso seria importante na defesa de Pinto da Costa, se vivessemos num estado de direito. Mas não. A fantochada que se instalou, a promiscuidade entre várias personagens, fazem-me pressagiar o pior. É que o País inteiro, salvo nós, portistas, quer a cabeça do homem, dê por onde der. Ainda não se aperceberam, os tristes, que o porto continuará sempre a ganhar, mesmo sem PC.

Anónimo disse...

Eu não partilho desse pessimismo geral. Há matéria de facto para a justiça agir, se quiser. O desabafo da creolina, em como foi ela a mandante da agressão, deve ser investigado. E já! Tem, no minimo, tanta credibilidade uma professora, que se saiba nunca participou em sessões de strip em casas de putas, do que a creolina. Assim sendo, de que está à espera, D. Morgadinha?

Anónimo disse...

São todos uma escumalha, Paulo. O sentido de vida dessa gentinha é o ódio que sentem por nós. Triste maneira de viver. Quanto ao resto, nada de novo. Uma cabala, que já se sabia, com contornos maquiavélicos.

Anónimo disse...

Ves fantasmas em todo o lado. Pareces o Mel Gibson, no teoria da conspiração. Os anjinhos que são sempre maltratados, que nunca fizeram nada de mal. Só vs falta a aureola. Assim, o vosso presidente arrisca-se a ganhar um Nobel qualquer, tipo Madre Teresa.

Paulo Pereira disse...

Ainda bem k me comparas ao Mel Gibson, pois deixando de lado a profissão de actor, ele é conhecido pela defesa férrea dos seus ideais. Fantasmas vêem vocês, revivendo obsoletas glórias, de tempos tão idos, e que, de certezinha, nunca mais voltarão. Não se trata aqui de santificar alguém. Se existe culpa, ela deve ser provada. O que se pede é um tratamento IGUAL da Justiça, onde as escutas telefónicas sejam TODAS alvo de investigação, onde frases como "O João...ah, o João pode vir" ou "estou a tratar disso por outro lado" sejam devidamente esclarecidas a uma opinião pública que merece uma explicação. Posto isso, como deves poder facilmente deduzir, no alto desse QI de Forrest Gump, o que se pretende é uma JUSTIÇA ISENTA, que não olhe a cores clubistas na hora de actuar.

Anónimo disse...

É pá, não sejas bruto pros vermelhos:)
Deixa-os dar a opinião. A malta tem que explicar de alguma forma a falta de vitórias para aquele lado. Estavam mal habituados...

.:GM:. disse...

Os benfiquistas andam com muitas esperanças e a rir-se muito desta perseguição desenfreada, mas eu já ando a dizer há muito que o último a rir-se, seremos nós.