25 de maio de 2007

Festa adiada


Foi pena. Pavilhão engalanado, tudo preparado para a festa. Uma vitória significaria o título de Campeão Nacional de Basquetebol. Nesta equação, pelos vistos, não contavamos com a Ovarense. Entrada demolidora dos homens de Ovar, com um parcial de 15-0, que condicionou o resto da partida. Final do primeiro período com um pesadíssimo 8-25 que, salvo uma excelente reacção, condenaria os Dragões a um decisivo jogo em casa do adversário. Pese essa reacção ter existido, com os comandados de Alberto Babo a mostrarem pergaminhos que sustentam a sua presença na final, não foi suficiente para a vitória. Os triplos de Paulo Cunha e TJ Sorrentine encurtaram distâncias, até que a margem pontual se cifrava, no final do terceiro período, nuns míseros 6 pontos. Adeptos ao rubro, não regateando esforços no apoio, sempre incondicional e apaixonado, à equipa portista. E era tão bom escrever só sobre o jogo. Era, mas não é possível passar ao lado da interrupção, de mais de 20 minutos, provocadas por desacatos. Na altura crucial, quando parecia que o Porto embalava para a liderança, uma polémica decisão arbitral fez "estalar" o verniz. Petardos, tumultos nas bancadas e confrontos com as forças da Ordem mancharam uma noite que se queria de festa.

Tenho pena que, mais uma vez, a comunicação social vá aproveitar estes desacatos, provocados por uma minoria de adeptos, para criar um estereotipo do adepto portista. Quem conseguiu a "proeza" de dar mais tempo de antena aos confrontos na Baixa portuense, aquando da comemoração do título de futebol, do que à festa protagonizada por milhares de adeptos, deve estar a sorrir, pois ficou com uma arma poderosa em mãos: em vez de louvores à fantástica época realizada pelos portistas no basquetebol, vamos de certeza assistir à repetição "ad nauseum" das imagens de ontem, debitando os lugares comuns da praxe.

Quanto ao jogo, a derrota, apesar de dolorosa e marcante, não invalida, de forma nenhuma, os elogios que devem ser dados à equipa. Perdeu-se uma batalha, mas a guerra ainda não terminou. Falta um jogo e os portistas, que foram capazes de vencer por 2 vezes no pavilhão adversário, não deixarão de lutar titanicamente pelo glória. Eu continuo a acreditar...
Liga – final dos «playoff», Jogo 6
24 de Maio de 2007
Centro de Congressos e Desportos de Matosinhos
Árbitros: António Coelho, Luís Lopes e Sérgio Silva
F.C. PORTO FERPINTA 75: TJ Sorrentine (17), Paulo Cunha (16), Nuno Marçal (0), Rodrigo Mascarenhas (5) e John Whorton (3); Larry Jon Smith (15), Julian Blanks (11), Jorge Coelho (2), Augusto Sobrinho (6).Treinador: Alberto Babo
OVARENSE 86: Cordell Henry (5), Ben Reed (18), Shawn Jackson (21), Elvis Évora (12) e Gregory Stempin (24); Rui Mota (2), Miguel Miranda (0), Nuno Manarte (0), André Pinto (4).Treinador: Luís Magalhães
Ao intervalo: 29-40
Resultado final: 75-86
Por períodos: 8-25, 21-15, 21-16, 25-30

2 comentários:

BRUNO ROCHA disse...

Festa Adiada...Festa Estragada..Mas Sabado tambem eu acredito em Festa Consumada...E se for contra tudo e contra todos, tanto melhor..Mas o que sei e tenho lido é que sempre que entramos mal perdemos..e se queremos recuperar os srs. arbitros tambem nos cortam as bases...Tem sido algumas as criticas a arbitragem em alturas decisivas sempre em prejuizo azul em branco..Sabado se assim for nao teremos festa alguma.

Sabado as 17h na RTP2..vamos ver quem ganha...

Bruno Pinto disse...

Paulo, o jogo foi horrível, o FC Porto jogou mal e perdeu bem, não se admite não marcar nenhum ponto em 6 minutos. A comunicação social exagera quando há desacatos com adeptos do FC Porto, mas não há que branquear o que eles fizeram no pavilhão, chegando a agredir o árbitro. Aqueles energúmenos envergonham o clube, mete nojo ter que partilhar o clube com eles!!