28 de abril de 2007

Balde de água fria

Pois, isto parece a história do bolo-rei. Toda a gente sabe que está lá um brinde e uma fava. Este bolo-rei axadrezado fartou-se, durante esta Superliga, de distribuir brindes. A torto e a direito. Hoje, os "caceteiros" de Jaime Pacheco resolveram jogar à bola. E assim, com a saída da fava ao Porto, não existe, para já, final feliz.

Este era o jogo que eu considerava como o decisivo. Aquele que, no caso de uma vitória nossa, me permitiria respirar de alívio e ficar com aquela sensação de euforia, de dever cumprido. "Este já cá canta", seria o lema. Aquela onda de boa disposição, de leveza espiritual, que me invade sempre após uma vitória, deu lugar a um sobrolho carregado, ao longo do jogo. A preocupação foi crescendo, crescendo, até ao desespero final, em que cada bola, cada lance era vivido já com os nervos à flor da pele. Foi, tenho que reconhecê-lo, um esforço estóico, numa segunda parte de suor, luta, mas pouco talento. Quando se "entregam" 45 minutos ao adversário, com uma táctica temerosa, é o que dá. Depois passa-se o resto do jogo atrás do prejuízo. 4 derrotas, nesta 2ª volta, são de bradar aos céus, num Campeonato que deveria estar ganho há muito tempo.

Outro factor de preocupação acrescida: os castigos, por acumulação de amarelos, a Bruno Alves e a Quaresma. Se a ausência do "Mustang" é sempre problemática, pela magia e imprevisibilidade que o seu futebol carrega, o facto de ficarmos sem a dupla de centrais que fez praticamente a época toda, deve tirar o sono a Jesualdo. Avança Pepe, provavelmente ainda não recuperado da lesão, ou proceder-se-á a uma adaptação, com resultados incertos, numa altura crucial da época?

A palavra de ordem, a partir de agora: VENCER! Faltam 3 finais e, sem saber ainda o resultado do derby da 2ª circular, temos, muito provavelmente, de ganhar os três jogos. Nacional e Aves, no Estádio do Dragão, e Paços de Ferreira, no seu reduto, são os obstáculos que faltam ultrapassar, para fazermos a festa.
P.S: E ainda tivemos que levar, no final, com as celebrações efusivas dos jogadores azadrezados. Pergunto-me o porquê de tanta alegria naquelas alminhas. Foi por terem vencido o Campeão Nacional, ou por se terem livrado matematicamente da descida?

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